Gesto Anônimo

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013


Quase sempre, quando realizamos algum ato de bondade, esperamos por gratidão. Desejamos que alguém reconheça o nosso ato, que ao menos alguém tenha observado e percebido nosso gesto nobre.

Ou então, em nossa ânsia de ajudar alguém, deixamos de perceber como a nossa dádiva pode ser embaraçosa para uma pessoa sensível. Ou mesmo, como pode parecer pesado, para quem recebe, o dever da gratidão.

Dar, pois, é um ato de sabedoria. Um escritor inglês fala de uma família mais ou menos próspera, que conheceu certa vez.

Havia uma tia idosa que vivia com uma ninharia, e, por isso mesmo, com dificuldades. Mas, ela alimentava verdadeiro horror a qualquer coisa que pudesse lhe parecer caridade.

Quando o chefe da família soube, através de um advogado, que ela havia herdado uma pequena herança de um primo distante, em verdade, somente algumas libras que seriam gastas em pouco tempo, arranjou secretamente, com o advogado, para que fosse adicionado à herança um capital considerável que ele mesmo providenciou.

Assim se fez e a tia viveu confortavelmente, sem jamais suspeitar do que fizera aquele bondoso sobrinho.

Em realidade, dentro do círculo familiar encontramos, por vezes, inúmeras oportunidades de auxílio oculto.

Conta-se o caso de um tal senhor Hubert que encontrou uma excelente solução para um constrangedor problema de família.

O pai, que com ele morava, havia sido famoso por suas esculturas em madeira. Com a idade, muita da sua habilidade se perdera.

Assim, o ancião ia frequentemente dormir com o coração partido por constatar que não conseguia esculpir como antes.

Pois o senhor Hubert teve a ideia de se levantar à noite, enquanto o pai dormia, para retocar o trabalho que aquele fazia durante o dia.

Com golpes hábeis, corrigia os defeitos. Pela manhã, quando o velho pai se levantava e olhava o trabalho, dizia satisfeito:

Nada mau. Ainda vou fazer alguma coisa muito bonita disto aqui.

Em determinado país europeu existe uma maternidade com uma ala especial para mães solteiras. Todas as vezes que ali nasce um bebê de uma dessas moças, chega um grande ramalhete de flores.

Com ele, vem somente uma mensagem: De alguém que compreende.

Durante anos, centenas de moças, se sentindo abandonadas e desesperadamente sós, têm encontrado esperança, alento para uma nova vida, simplesmente por esse ato de solicitude de uma criatura anônima, jamais identificada.

A dádiva secreta nem precisa ser muito cara ou requerer muito tempo.

Exige apenas percepção aguda e um coração que compreenda.

Um certo médico, sabendo que um dos seus pacientes precisava muito de um medicamento caro, acima de suas posses, arranjou para que uma firma atacadista de produtos farmacêuticos enviasse o remédio necessário com uma etiqueta de amostra colada no rótulo, enquanto ele mesmo, naturalmente, custeava tudo.

* * *

Essas criaturas que assim procedem entenderam muito bem o que nosso Mestre e Modelo, Jesus, ensinou: Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita...

Aprendamos com elas e usemos nossa criatividade para fazer o bem sem esperar nenhum olhar, nenhum reconhecimento, nenhuma gratidão...

entretenimento.uol.com.br/Imagem


Correr Riscos

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013


Sêneca foi um filósofo e poeta romano que viveu sob o império de Calígula, depois Cláudio e, finalmente, Nero.

Seu talento como advogado lhe valeu a inimizade do imperador Calígula. Sob o império de Cláudio foi exilado durante oito anos.

Chamado de volta a Roma, foi tutor de Nero e, durante algum tempo, conseguiu exercer uma influência benéfica sobre o jovem imperador.

Mais tarde, adotou uma posição de complacência com as tantas loucuras cometidas pelo imperador, o que não impediu que viesse a receber ordem para se suicidar.

Vivendo em climas tão adversos, manteve sua preocupação com as conquistas morais individuais. E teve oportunidade de escrever:

Chorar é correr o risco de parecer sentimental demais.

Rir é correr o risco de parecer tolo.

Estender a mão é correr o risco de se envolver.

Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.

Defender seus sonhos e ideias diante da multidão é correr o risco de ser mal interpretado e perder as pessoas.

Amar é correr o risco de não ser correspondido.

Viver é correr o risco de morrer.

Confiar é correr o risco de se decepcionar.

Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas devemos correr os riscos, porque o maior perigo é não arriscar nada.

Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.

Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.

Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre.

* * *

A decisão de correr riscos ou não, é nossa. Agora, podemos continuar a deter o choro porque nos foi dito na infância que homem não chora. Ou, no caso da mulher, para não demonstrar eventual fraqueza. Ou nos permitirmos as lágrimas demonstrando que somos seres humanos, com sentimentos.

Podemos ser daqueles que defendem as suas ideias nobres, lutando pela vida, expondo-nos ou nos calarmos diante da injustiça.

Podemos nos engajar no movimento pela vida, expondo a nossa opinião contra a eutanásia, a pena de morte, o abortamento. Ou simplesmente continuarmos calados e permitir que tudo vá acontecendo, sem nos preocuparmos.

Podemos nos envolver em movimentos pela paz, pelos direitos dos desfavorecidos, ou permanecermos apáticos, deixando que tudo corra a bel prazer.

Podemos, enfim, lutar por melhorar a nossa condição de humanidade, burilando as nossas paixões e vencendo a nossa acomodação. Ou optarmos por continuar onde estamos, como estamos, não encetando nenhum esforço por granjear outras virtudes ou valores de nobreza espiritual.

A decisão é sempre individual e intransferível.

* * *

Os Espíritos fomos criados por Deus com um grandioso objetivo: a perfeição.

A caminhada é longa e tortuosa. A escolha do caminho ou a velocidade com que se deseja andar, é de cada um.

Optar pelo crescimento ou aguardar ser arrastado pela lei inexorável do progresso é de cada criatura.

Mas, quem deseje alcançar antes a felicidade, idealize mudanças desde hoje, enquanto as oportunidades sorriem e as chances se fazem abundantes.

Fontes:
dropsdecarreira.com.br/Imagem

A Luz

sábado, 21 de dezembro de 2013


Ele não tinha sombras. Ele era Luz. Veio para as trevas e as trevas não O reconheceram.

Brilhou em meio à escuridão mas, os que perceberam Sua luminosidade, nada mais desejaram senão apagar a Luz que irradiava.

Ele não tinha sombras porque era perfeito. Nenhum traço de inferioridade lhe manchava a personalidade. Antes que a Terra exalasse seu primeiro suspiro como um planeta propício à vida, Ele já era.

Por isso, muitos O julgaram o próprio Incriado e O confundiram com a Divindade. Mas Ele, sempre correto, esclareceu, desde o primeiro momento: Eu vim para cumprir a vontade de meu pai, que está nos céus.

Ele não tinha sombras. Nenhuma culpa, nenhum senão lhe maculava o Espírito.

Por isso, podia estabelecer o convite: Vem e segue-me.

Senhor do mundo, pastor de um rebanho de almas incultas, eivadas de erros e de viciações morais, veio para as conduzir.

Contudo, nem todos lhe ouviram a voz ou O desejaram seguir naqueles tempos.

Por isso, Ele prossegue com o insistente chamado, anunciando as bem-aventuranças do Reino do Pai.

Ele era a Luz. Os que nada desejavam senão espalhar sua própria sombra, O perseguiram, levantando calúnias, engendrando maldade.

Ele respondia com amor. Por onde passava, deixava pegadas luminosas a fim de que os que viessem empós, na fieira do tempo e das vidas, pudessem segui-lO. Quando o desejassem, quando lhe pudessem compreender a mensagem.

Falando com a autoridade de quem faz o que recomenda, Ele se dirigia aos Espíritos perturbadores e infelizes, arrancando-os da insensatez.

A Sua era a mensagem da paz: A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou.

Senhor das estrelas, não amealhou bens perecíveis, antes preocupou-se em conquistar corações para o Reino de Deus.

A quem O feria, qual o sândalo que perfuma o machado que o agride, brindava com o aroma da Sua paz.

De tal forma isso impregnava a criatura que não mais O esquecia. E, na poeira do tempo, optava por se entregar a Ele.

Manso como as pombas, jamais se deixou vencer pelos violentos, a eles respondendo com a dignidade da Sua conduta.

Ao soldado que O esbofeteou em plena face, indagou, sem medo: Se disse algo equivocado, aponta meu erro. Mas, se nada disse errado, por que me bateste?

E, quando a hora soou, qual um cordeiro levado ao altar dos holocaustos, Ele se entregou, sem reagir.

E, sozinho, enfrentou o juízo arbitrário dos pigmeus que detinham o poder tolo e temporário: Anás, Caifás, Pilatos.

Ele era o Senhor do Mundo e submeteu-se à justiça comezinha dos homens, ensinando que o exemplo fala mais alto do que as palavras.

Ele era a Luz. Até hoje, Ele brilha e espera.

Espera que as Suas ovelhas lhe atendam ao chamado, reconheçam a Sua voz e descubram que com Ele não mais haverá noite de solidão e amargura.

Que com Ele, não haverá sede de justiça porque Ele é a água viva, que dessedenta para sempre.

Com Ele não haverá carências pois Ele é a plenitude.

Ele é Jesus, o Filho de Deus, o Bom Pastor das nossas almas.

Ele é o Enviado, o Messias aguardado no tempo e anunciado por séculos na voz dos profetas.

Ouçamo-lO. Sigamo-lO. Ele é a Luz, o Caminho, a Vida...

Fontes:
ucnf.blogspot.com/Imagem

Para Jesus, o Coração

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


A jovem mulher estava no final de suas forças.

A viagem havia sido longa e cansativa.

Não havia vagas nas hospedarias e, mesmo que houvesse, o dinheiro era pouco.

Por generosidade de um senhorio, ela e seu marido receberam como abrigo uma estrebaria, a fim de que, ao menos, não passassem a noite ao relento.

Recostada sobre um amontoado de feno e tecidos velhos que se improvisaram em modesta cama, a flor de seu ventre desabrochou em luz e ela O tomou em seus braços, trazendo-O para perto de seu coração.

Então, as palavras do emissário do Senhor ressoaram em sua alma uma vez mais: Não temas, Maria. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo.

* * *

O médico fazia sua ronda nos diversos quartos do hospital.

Feliz Natal! - Desejava ele aos seus pacientes, pois aquele era o esperado vinte e cinco de dezembro.

Tal felicitação era mais uma questão de educação, pois o médico, em toda sua vida, nunca se considerara um homem de fé. Embora respeitasse todos os credos, Deus nunca passara de uma incógnita para ele.

De forma súbita, porém, a paz e a quietude da instituição foram quebradas por um alvoroço que vinha da recepção.

O médico, rapidamente, se dirigiu para lá, a fim de tomar conhecimento do que estava ocorrendo.

Era um taxista que discutia, de forma veemente, com a recepcionista do hospital.

Em seu carro estava uma moradora de rua, que ele encontrara em uma calçada. Ela estava prestes a dar a luz.

Todavia, aquele era um hospital particular e, sem o pagamento antecipado, a recepcionista não poderia permitir a admissão da gestante.

O médico, percebendo a gravidade da situação, tomou a frente do caso e, dando ordens à sua equipe, pediu para que internassem a mulher e se desse andamento aos procedimentos. Ele mesmo faria o parto.

Logo mais, nascia um lindo e saudável menino.

Olhando para o recém-nascido, o médico se sentiu profundamente emocionado.

Tomando-o em seus braços, ele se recordou do pouco que sabia acerca do nascimento do Mestre Nazareno.

Lembrou-se de que, assim como aquela criança, Jesus nascera muito pobre e, contudo, realizara grandes prodígios.

Ele pouco compreendia o Rabi Galileu, mas, quando olhou para o pequeno, viu nele o rosto do outro menino, o que nascera em Belém. E pareceu-lhe que o Cristo lhe estava sendo apresentado.

Naquele instante, fez-se Natal em seu coração.

* * *

Há muito mais para o Natal do que a luz das velas, majestosos banquetes e presentes.

Para o inimigo, o perdão. Para o oponente, a tolerância. Para a família, a gentileza. Para o próximo, o amor. Para o necessitado, a caridade. Para os que partiram, a oração. Para o mundo, a paz. Para Jesus, o coração.

Assim, de cada ato nascerá o Cristo e a voz dos mensageiros celestes eternamente ecoará nas profundezas de nossas almas: Glória a Deus nas alturas. Paz na Terra. Boa vontade para com os homens.

Fontes:
arcadaalianca.com.br/Imagem

Um Herói Diferente

terça-feira, 17 de dezembro de 2013


Foi num dezembro frio e de muita neve. Aliás, neve perfeita para andar de trenó. Por isso, mãe e filha se dirigiram morro acima.

O morro estava cheio de gente. A Sra. Silvermann e a filha, de onze anos, acharam um espaço, perto de um homem alto e magro e de seu filho de três anos. O garoto já estava deitado de barriga para baixo, esperando para ser empurrado.

Vamos lá, papai! Vamos lá!

O homem deu um forte empurrão no trenó e lá se foi o menino. Mas não foi apenas o garoto que voou – o pai saiu correndo atrás dele a toda velocidade.

Ele deve estar com medo que seu filho se choque contra alguém. – Pensou a jornalista.

E ela mesma com a filha desceu o morro, em grande velocidade, a neve solta voando nos seus rostos.

O retorno até o alto do morro era uma longa caminhada. Enquanto ambas subiam com vagar, puxando o trenó, a Sra. Silvermann observou que o homem magro estava empurrando seu filho, que ainda se encontrava no trenó, de volta ao topo.

Isso é que é um paizão. – Falou a menina. Será que você, mamãe, faria o mesmo por mim?

Nem pensar, foi a resposta. Continue andando.

Quando elas chegaram no topo do morro, o garotinho estava pronto para brincar novamente e gritava feliz:

Vai, vai, vai, papai!

Outra vez o pai reuniu todas as suas energias para dar um grande empurrão no trenó, correu atrás dele morro abaixo e então puxou o trenó e o menino de volta para cima.

Assim foi por mais de uma hora. A Sra. Silvermann estava intrigada. Não era possível que aquele homem achasse que seu filho fosse bater em alguém. Mesmo sendo pequeno, ao menos na subida, ele poderia puxar o trenó uma vez.

Mas o homem parecia não se cansar. Ria, jovial e continuava no seu afazer. Ela então lhe disse:

Você tem uma tremenda energia, hein!?

O homem olhou para ela e sorriu, apontando para o filho.

Ele tem paralisia cerebral, disse de forma natural. Ele não pode andar.

A jornalista entendeu, naquele momento, porque somente então se deu conta de que não havia visto o menino descer do trenó durante todo o tempo que estiveram no morro.

Entretanto, tudo parecia tão alegre, tão normal, que a ela não ocorrera, por um minuto sequer, que o menino poderia ser deficiente.

Ainda que não soubesse o nome do homem, ela contou a história em sua coluna no jornal na semana seguinte.

Pouco tempo depois, ela recebeu uma carta que dizia assim:

Cara Sra. Silvermann, a energia que gastei no morro naquele dia não é nada comparada ao que o meu filho faz todos os dias. Para mim, ele é um verdadeiro herói e algum dia espero ser metade do homem que ele já se tornou.

* * *

Superar as próprias limitações é um grande desafio. Todos os dias, muitas pessoas lutam para moverem pernas imobilizadas, submetendo-se a exaustivas sessões de fisioterapia.

Todos os dias, criaturas portadoras de variadas deficiências se tornam heróis e heroínas anônimas, superando seus limites e vivendo tanto ou mais intensamente do que muitos que apresentam a normalidade física e mental.

São tais seres que nos lecionam, com seu exemplo, que a vida vale sempre a pena ser vivida, não importando em que condições, pois o que conta mesmo é o desafio, a conquista, a vitória.

Fontes:
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Dias Desafiadores

sábado, 14 de dezembro de 2013


Os dias atuais são desafiadores e vêm gerando aturdimentos intensos em todos nós.

Embora abracemos os valores nobres do Cristianismo, embora entendamos a proposta de Jesus como guia seguro e lúcido, ainda assim nos perdemos nos desvarios dos dias que se seguem.

Não obstante o esforço por uma conduta reta e digna, ainda nos vemos perturbados e atônitos com a realidade que nos cerca.

Mesmo tendo claro o desejo por uma vida pautada pelo respeito, pelo bem agir e pela justeza nas ações, ainda assim, não raro, nos perdemos nas loucuras que conquistam espaço.

Vivemos dias onde os vícios ganham cidadania e interesses mesquinhos e vis dominam os mais variados grupos.

A descrença na imortalidade da alma, o descaso pelos valores espirituais geram atitudes egoístas e imediatistas, atropelando qualquer possibilidade mais nobre de conduta.

O ser humano passa a valer cada dia menos.

Torna-se descartável nas relações sociais e emocionais, sem nenhum significado a não ser algum fim utilitarista imediato.

A vulgaridade ganha as rodas sociais e o ambiente familiar.

A erotização barata e leviana das músicas, danças e outras tantas formas de expressão humana, passa a ser vista com normalidade assustadora.

O alucinante desejo de enriquecer, de possuir, de se destacar na sociedade, substitui as virtudes esquecidas da humildade, da pureza de coração.

* * *

Porém, jamais devemos esquecer que o condutor do planeta vela e tem planos nobres e superiores para todos nós.

Por mais que o ser humano se perca no lodaçal do primarismo moral que ainda se permite, seu progresso se dará inevitavelmente.

Somos todos filhos de Deus e, mesmo que momentaneamente perdidos e iludidos no abismo moral que vive hoje a sociedade, trazemos na nossa intimidade o gérmen divino.

Assim, mesmo nas dificuldades naturais destes momentos transitórios, não abandonemos os caminhos da reestruturação moral.

Ainda que os dias se mostrem alucinados, onde o erro e a loucura são confundidos com normalidade, permaneçamos no bem.

Façamos esforços para não nos deixarmos levar no roldão da insensatez e leviandade atuais. Perseveremos no exercício da dignidade e do respeito.

Não desanimemos, mantendo-nos fiéis ao compromisso com a própria consciência e com os valores morais que elegemos.

A ação de cada um é muito importante no conjunto geral.

Nestes dias onde as referências de bem agir parecem ter desmoronado, sejamos o modelo de esforço no bem agir.

Logo mais, sem tardar, novo dia raiará para a Humanidade.

Cansado dos caminhos de dor e loucura a que se permitiu, o homem retomará valores antes perdidos, a fim de buscar a paz que tanto anela e da qual tanto se distanciou.

Portanto, confiemos e sigamos com Jesus. Ele proverá todas as nossas necessidades para que atravessemos em paz o mar bravio e tempestuoso que ora se faz em nosso planeta.

Fontes:
www.ofimdomundo.com.br/Imagem

Chaplin e o Sorriso

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


Charles Chaplin foi o artista do sorriso, da docilidade, dos gestos pequenos e da grandeza de coração. Há um texto, de sua autoria, traduzido para o português que diz mais ou menos assim:

Ei, você, sorria!

Mas não se esconda atrás desse sorriso.

Mostre aquilo que você é, sem medo.

Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu. Viva! Tente!

Ame acima de tudo. Ame a tudo e a todos.

Não faça dos defeitos uma distância, e sim uma aproximação.

Aceite a vida, as pessoas. Faça delas a sua razão de viver.

Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você. Não as reprove.

Ei! Olhe! Olhe à sua volta quantos amigos!

Você já tornou alguém feliz hoje, ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?

Ei! Não corra! Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.

Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.

Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.

Chore! Lute! Faça aquilo que gosta. Sinta o que há dentro de você.

Ei! Ouça! Escute o que as outras pessoas têm a dizer. É importante!

Suba! Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo, mas não esqueça daqueles que nunca conseguem subir a escada da vida.

Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.

Procure acima de tudo ser gente. Eu também vou tentar.

Ei, você. Não vá embora. Eu preciso lhe dizer que... gosto de você, simplesmente porque você existe!

* * *

O poeta dos sorrisos, o criador de Carlitos, das cenas inesquecíveis de Luzes da ribalta, de O garoto, de O grande ditador, acreditava que a Humanidade precisava sentir mais do que pensar.

Dizia ele: Pensamos em demasia, e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.

O homem enigmático, talvez um tanto triste, por trás do personagem cômico, brilhou no mundo do cinema, mas também irradiou muita luz para o mundo dos homens.

Coragem! Não se entregue! Sempre há uma esperança. – Disse ele, levando aos solitários, aos sofredores, um pouco de alento, de confiança, de graça na vida, quem sabe.

Chaplin foi o menino pobre que, passando de orfanato em orfanato, não esquecia o seu dom – o de representar, vindo da herança da mãe, a arte da pantomima.

Foi a criança que cedo viu a mãe acolhida pela insanidade mental, certamente fruto das privações em que ela, Hanna Chaplin, e os filhos, viviam.

Foi o homem que fez o cinema de uma época, o cinema de um século rir das trapalhadas de um certo Carlitos, e com isso trouxe alegria ao mundo.

Ouçamos seus conselhos e jamais deixemos de sorrir, de ter esperança nas pessoas, e em nós mesmos.

Ei, você, sorria! Mas não se esconda atrás desse sorriso.

Mostre aquilo que você é, sem medo.

Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu. Viva! Tente!

Ame acima de tudo. Ame a tudo e a todos.

Fontes:
muitoalem2013.blogspot.com


O melhor Presente

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013


Você já teve, alguma vez, dificuldade para escolher um presente para alguém? Isto é, ficou se questionando o que deveria comprar: o que fosse mais útil, o mais vistoso, o mais bonito, o mais caro?

Uma mulher que procurava presentes para seus filhos, sem ter certeza do que eles usariam ou do que eles desejariam, escreveu mais ou menos assim:

Por vezes é importante recordarmos as lições sobre o que é presentear de verdade. Ganhei amor pela leitura porque meu pai me mandava ler e tinha um escritório cheio de livros, com os quais passava horas todos os dias.

Comprar livros para aprimorar as mentes dos cinco filhos era, para meu pai, uma prioridade superior a comprar brinquedos e roupas supérfluas.

O exemplo de meus pais me deu a crença de que eu e outros podíamos fazer mais do que reclamar, torcer as mãos ou ceder ao desespero em face dos males que infestam o mundo.

Meu pai, um professor e pastor, procurava educar a mente dos fiéis, além de tocar seu coração.

Ensinava que a fé necessitava de ação e que a ação só podia ser sustentada pela fé, diante do desalento diário e da injustiça em nossa sociedade.

A força que possuo hoje me foi presenteada pela firmeza de minha mãe perante duros desafios. Dela recebi o interesse pelas crianças sem lar, que ela adotou depois da morte de meu pai.

Ainda hoje eu me envergonho de meu ressentimento quando me pediram que partilhasse o quarto, por alguns dias, com uma criança sem teto. Enquanto eu crescia, minha mãe me deu muitos irmãos e irmãs de criação.

Quem me ensinou a lidar com o medo foi uma mulher que morava numa casa de quatro cômodos, sem pintura, com uma grande varanda na frente e outra, pequena, nos fundos.

Eu adorava ficar com ela quando meus pais viajavam para alguma convenção ou para visitar algum parente.

Certo dia, quando uma grande tempestade de verão ameaçava desabar, ela me pediu que apanhasse as roupas penduradas na varanda dos fundos, para que não ficassem encharcadas.

Quando me dirigia para a varanda, ouvi um grande trovão. Corri de volta e disse para a senhora Thereza que tinha medo de ser atingida por um raio. Ela me explicou calmamente sobre a fé em Deus, enquanto ia comigo pegar as roupas.

Enfim, verifico que nem sequer me lembro da maioria dos presentes que ganhei quando criança. Mas levo comigo, com o maior carinho, as lições de vida que na infância recebi de meus pais e dos adultos interessados e afetuosos da comunidade.

Espero, sinceramente, que essas recordações me deem forças para parar de fazer compras e, em vez disso, dar a uma criança um presente de verdade: tempo compartilhado com um adulto que se interesse por ela e que lhe repasse valores que durarão para sempre.

* * *

Quando acaricias o teu filho, agradas a ele ou te confortas a ti?

Quando o teu filho sonha, podes imaginar o país por onde ele viaja, nas asas do sono?

Saberá alguém o que pensa a criança na rápida quadra infantil?

As fadas dos sonhos, que habitam a aldeia da felicidade, essas sabem o que se passa com as crianças.

Se abrires as portas do coração para que elas te venham ensinar, o seu canto de amor te dará a música para todas as melodias que deves ofertar às tuas crianças.

Fontes:
abrigo7.com/Imagem

Fadas existem?

terça-feira, 10 de dezembro de 2013


Tudo aconteceu assim. Ela completou nove anos. Um dente caiu, em processo natural e, como sempre, ela o deixou no local marcado para ser trocado por um dinheirinho, pela fada dos dentes.

Pois bem: quando a mãe foi colocar o dinheiro e apanhar o dente, encontrou uma carta e uma caneta bem pequena, dessas que se usa como chaveiro.

A carta, entre corações desenhados, dizia: Oi, fada! Espero que você exista.

Bom, eu acho que sim. Mas eu quero a verdade. Se for o meu pai ou a minha mãe, eu vou aceitar numa boa. Se for a fada, vai ser melhor que assine com esta caneta pequena.

Ao final da carta, havia a opção para ser assinalada: Existência – Sim – Não.

E, bem grande, entre mais corações desenhados: Eu acredito em você!

Luciana entrou em pânico. Como responder a uma carta dessas?

Mostrou ao marido que leu, riu e falou: Isso é com você! Vire-se. Eu não tenho a mínima ideia de como responder.

Ela decidiu se aconselhar com os avós da menina. Mariza e Maneco leram com atenção, riram, trocaram ideias e, por fim, Luciana teve como responder para a filha:

Existência: Sim e Não. Assinado: Mamãe Fada e Papai Duende.

Ah! Pegou a gente. Você é realmente muito esperta. Você pediu a verdade e a verdade é que eu acredito em fadas, acredito em duendes, em sereias e em toda a magia que torna a nossa vida mais colorida e encantadora.

A vovó até diz que bruxas existem. Eu acredito. E você?

E ali estavam as opções – Sim. Não.

Depois, virando a página, a mãe ainda escreveu: Você não vê Deus. Mas Ele existe.

Você não vê o amor. Mas ele existe!

Se você pode sentir, então... existe.

No dia seguinte, Marina chegou na cozinha, para o café da manhã, com um lindo sorriso. A mãe ficou aliviada, ao ouvi-la dizer, entregando a carta:

Ah! Peguei vocês de verdade!!!

Quando Luciana abriu a carta, viu que a filha havia marcado um lindo Sim. E bem marcado. Daqueles que se passa a caneta várias vezes para destacar.

* * *

Este fato nos mostra como podemos manter a magia da vida, dizendo a verdade.

Afinal, tudo depende da forma como se argumenta, como se explica, como se fala.

As crianças passam pelo período mágico em que tudo tem a ver com o irreal, o faz de conta. Fértil é a imaginação.

Possivelmente, porque, por serem Espíritos imortais, recém vindos da pátria verdadeira, o mundo espiritual, guardam essa informação de que estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas.

Anjos de guarda, Espíritos familiares, Espíritos amigos que nos cercam são interpretados pela criança como esses seres que as lendas, os contos e a imaginação popular denominaram fadas, duendes, seres especiais.

Afinal, não estão tão distantes da verdade. Logo mais, quando melhor entendam, lhes falaremos desses seres que Deus envia para nos atender em nossas necessidades, nos guardarem em nossos percalços e nos auxiliarem em nossa jornada na Terra.

Não há mal em preservar a magia. Não há mal em alimentar a imaginação própria da infância.

O importante é esclarecer, quando preciso se faça, mas ensinar que o mundo em que vivemos e a Espiritualidade que nos rodeia são mais extraordinários do que tudo que a imaginação humana possa ter concebido.

Afinal, tudo emana de Deus e Deus é insuperável!

Fontes:
www.imagenswiki.com/Imagem

Fazer o bem é um sentimento ou uma decisão?

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013


Todos nós fazemos parte de uma comunidade, de um povo, de uma família, e desta forma precisamos construir a nossa história e contribuir com a história de todos com os quais convivemos diretamente, e dos que passam pela nossa vida.

É uma experiência única, quando conhecemos alguma pessoa, e fazemos o bem para ela, mesmo que seja um pequeno gesto.

Com certeza, mesmo que nunca mais a vejamos, jamais ela esquecerá.

A vida dela será melhor, e a nossa também, porque colhemos o que semeamos, e diante de Deus nenhuma obra é anônima, e: "Deste modo sereis filhos de vosso Pai do céu, pois Ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos" (Mt 5,45)

Vamos hoje fazer um ato de vontade de em cada situação nos decidirmos pelo amor e pelo bem?

Comportemo-nos de maneira amorosa, mesmo quando não estivermos sentindo naquele momento, e como consequência todas as pessoas que saírem da nossa presença serão mais felizes.

Jesus, ensina-nos a sermos melhores e a agir sempre por amor. Jesus, eu confio em vós!

Voo dos Gansos

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


É interessante observarmos como algumas pessoas são fortes, no que diz respeito a compreenderem e serem resignadas perante suas condições de vida.

Como ainda conseguem sorrir? – nos perguntamos, referindo-nos àqueles que perdem tudo o que têm, vitimados pelos desastres naturais como as enchentes, os terremotos, os incêndios.

Às vezes, nos imaginamos em seus lugares e exclamamos: Acredito que eu não suportaria tudo isso, sem me revoltar contra Deus, contra tudo.

Quando acompanhamos as histórias dessas pessoas na mídia, observamos seu olhar, e lá encontramos tristeza, desapontamento, é certo.

Mas, se observarmos bem, descobriremos uma força gigantesca, incompreensível quase, que as fará acordar, no dia seguinte, dispostas a reconstruir tudo, a conquistar tudo, outra vez, com o fruto do trabalho, com a mesma disposição de sempre.

De onde vem essa força? De onde vem essa vontade de continuar vivendo e lutando?

A respeito, escreveu um escritor americano:

Ontem, observei uma enorme revoada de gansos batendo asas em direção ao sul, com um pôr do sol panorâmico, que coloria todo o céu, durante alguns momentos.

Eu os observava, enquanto me apoiava contra a estátua do leão em frente ao Instituto de Artes de Chicago, onde estava olhando as pessoas que faziam compras, andando apressadas pela Avenida Michigan.

Quando baixei o olhar, percebi que uma mendiga, parada a alguns metros de distância, também estivera observando os gansos.

Nossos olhos se encontraram e sorrimos, reconhecendo, silenciosamente, o fato de que havíamos partilhado uma visão magnífica, um símbolo do misterioso esforço de sobrevivência.

Ouvi a senhora falar para si mesma, enquanto se afastava desajeitadamente: “Deus me estraga com mimos.”

Será que a senhora estaria brincando?

Não. Acredito que a visão dos gansos tenha quebrado, mesmo que por um breve momento, a dura realidade de sua própria luta.

Percebi, mais tarde, que momentos como aquele a mantinham viva. Era a forma através da qual ela sobrevivia à indignidade das ruas. Seu sorriso era real.

A visão dos gansos era um presente. Era a prova de que Deus existia, de que estava lá. Era tudo o que ela precisava.

O autor termina a breve passagem com a frase: Eu a invejo.

* * *

Quando as religiões proclamam que a presença de Deus está em tudo à nossa volta, não cometem nenhum exagero de linguagem.

Todos temos a companhia inseparável Daquele que nos criou, através de muitas maneiras que desconhecemos.

Uma brisa suave nos toca a face.

Uma chuva mansa alivia o calor do dia.

Um pássaro, e seu canto solitário.

Uma noite de sono que a memória esquece, mas que o coração sempre lembra.

Ele jamais nos desampara. Ele cuida dos lírios do campo, das aves, das flores, e tem um cuidado especial por Seus filhos amados.

Nunca esqueçamos disso.

Fontes:

Lista de Presentes

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


Quando se aproxima o final do ano, costumamos fazer algumas listas que têm o objetivo de nos auxiliar a cumprir com os compromissos aos quais nos propusemos no decorrer do ano e que acabamos deixando para trás.

Nelas estão incluídas as promessas que fizemos e nem sequer nos movemos no sentido de cumpri-las. Lista de tarefas profissionais que foram inúmeras vezes deixadas em último lugar.

Lista de compromissos sociais diversas vezes adiados.

E, com a proximidade do Natal, vem também a lista de presentes.

Então, nos esmeramos na compra de lembranças e mimos para os familiares e amigos, em um gesto simbólico de comemoração do aniversário de nosso querido amigo Jesus.

Movidos pelo sentimento de caridade que nos envolve mais intensamente, nesta época do ano, muitos oferecemos lembranças àqueles menos favorecidos e aos desamparados.

Na ansiedade de não esquecer nenhum de nossos afetos, verificamos inúmeras vezes nossa lista.

Mas, num gesto de reflexão, poderíamos incluir em nossas anotações uma lista do quanto nos fizemos presentes na vida de todas as pessoas que nos cercam.

Com certeza constataríamos o quanto ofertamos de nós mesmos às pessoas que estimamos e também àquelas que, mesmo sem conhecermos muito bem, podem ter precisado de nós em algum momento.

Paremos para pensar o quanto nos fizemos presentes na vida de nossos filhos.

Se ainda crianças, reflitamos por quantas vezes estivemos ao lado deles brincando, dando-lhes bons exemplos, ensinando-lhes as verdades e também as coisinhas mais simples e importantes da vida.

Como observar e respeitar a natureza; ou oferecer um cumprimento sincero e afetuoso às pessoas.

Quantas vezes lhes ofertamos abraços carregados de afeto e dissemos a eles que os amamos?

O trabalho, a louça suja, a casa desarrumada podem esperar. A infância não, essa passa em um piscar de olhos e não volta mais.

Oferecemos aos nossos filhos jovens e aos nossos pais o presente da companhia desinteressada, do apoio nos momentos que precisaram?

Quantas vezes os incluímos em nossos planos diários? Telefonamos para eles apenas com o intuito de saber como estavam passando?

Aos amigos, oferecemos o presente da amizade sincera?

A prática da verdadeira caridade fez parte de nossos projetos?

Não sabemos o quanto nos demoraremos nesta existência, se teremos uma vida breve ou longa. Procuremos então não adiar esses verdadeiros presentes que somos capazes de oferecer ao nosso próximo.

As lembrançasque podemos comprar também têm o seu valor, e todos gostamos de recebê-las, pois demonstram carinho, afeto e gratidão.

Mas nada disso tem sentido se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes, a palavra que compreende, o olhar que conforta, o silêncio que respeita, a presença que acolhe e os braços que envolvem podem ter um valor imensamente maior do que qualquer presente material que ofertemos.

São essas atitudes que dão sentido à vida e fazem com que ela seja mais intensa, leve e feliz.

Pensemos nisso.

Fontes:
www.tudum.com.br/Imagem