Essa nossa vida é tão curta!

domingo, 31 de agosto de 2014



Essa nossa vida é tão curta...
O tempo em que ficamos neste mundo é tão breve ...

Existem tantas coisas boas, úteis, concretas e que, principalmente, estão ao nosso alcance e as deixamos de lado. Não lhes damos a atenção necessária.

Talvez por não acreditarmos que os momentos e os detalhes são únicos.

Ou talvez por esquecermos que as oportunidades podem ser descartadas, mas dificilmente repetidas.

Vivemos nos queixando pelas grandes obras que não podemos realizar e deixamos de lado aquelas pequenas que nos são possíveis.

Vivemos desejando asas, enquanto nossos pés nos convidam à pisar firmes no chão.

Acreditamos que a nossa felicidade está naquilo que desejamos e deixamos de amar o que possuímos.

Nossa vida é breve e temos muita coisa útil à realizar.

De modo algum justifica-se nossa busca por satisfações efêmeras, enquanto nossa realização está justamente naquilo que já é nosso.

Devemos nos lembrar que passaremos por este caminho, este mundo, uma só vez.
Precisamos, portanto, aproveitar esta oportunidade única, breve...

Fontes:

Deus lhe dá a capacidade de amar

sexta-feira, 29 de agosto de 2014


Aguente firme! A civilização do amor está às portas. Falta pouco para chegarmos lá. Já podemos gritar: terra à vista! A terra nova está muito perto. Já podemos avistá-la.

Irmãos, se, de modo geral, não conseguimos amar os outros, nem ter misericórdia e bondade para com o próximo, é porque não temos acolhido o amor de Deus por nós. Só conseguimos amar o próximo como a nós mesmos se acolhemos essa graça [do amor de Deus Pai por nós]. Muitas vezes, não amamos os outros, não temos um coração de pastor, não temos o coração de Jesus para com os nossos irmãos, porque verdadeiramente não acreditamos no amor de Deus.

Problemas existem e agravam o coração, mas nem por isso você deve desistir do amor. O Todo-poderoso lhe dá a capacidade de amar. A capacidade de amar está em seu coração, mas a decisão de amar dependerá somente de você. Se você se decide pelo amor, tudo mudará em sua vida.

Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib

Que Tal?

quinta-feira, 21 de agosto de 2014


Não dá pra colocar a culpa no mundo e se esquivar de enfrentar os próprios demônios. Não dá pra dizer que a vida está desgraçada, que não tem ninguém, que o trabalho não satisfaz, que não encontra mais prazer nas coisas simples. Não dá pra virar as costas para a longa, úmida, tortuosa e florida estrada que é a vida. Não dá pra ficar parado num canto escuro, de braços dados com a solidão, apoiado na tristeza e de olho na frustração. Não dá pra perder o sono, a fome, o tesão, o encantamento, o brilho no olhar. Não dá pra pensar que nada mais tem saída e que os dias não passam de buracos negros que não têm fundo. Não dá pra pensar que o labirinto não tem saída. Não dá pra perder a confiança, a fé, a esperança. Não dá. Mas como vou mudar?, você me pergunta. E eu te respondo: modificando, primeiro, a maneira de pensar. Não pensando que é um grande complô, uma presepada ou uma brincadeira de gosto duvidoso esse “excesso de coisas ruins” que têm acontecido. Mesmo porque, deixa eu te contar um segredo, quando a gente reclama demais e agradece de menos acaba ficando mais atento para cada passo em falso que a felicidade dá. Quando estamos com nossas antenas ligadas na frequência da negatividade acabamos atraindo cada vez mais coisas ruins. Como assim?, você me interroga. E prossegue: perdi meu emprego, meu pai, meu apartamento, meu namorado. E eu te respondo: não, você não perdeu absolutamente nada. Você ganhou. Ganhou a oportunidade de ter trabalho naquele lugar. Ganhou a oportunidade de ter convivido com seu pai. Ganhou a oportunidade de trocar de casa. Ganhou a oportunidade de encontrar um novo amor. Ganhou a oportunidade de aprender e tirar uma boa lição de cada coisa chata, triste ou horrível que já aconteceu na sua vida ao longo desses anos. Não sei no que você acredita, mas eu acho que Deus não olha pra uma pessoa, aponta o dedo e diz: você vai ser um desgraçado. As coisas não funcionam dessa forma, nesse tom. Muitas vezes, sem perceber, eu acabo atraindo coisas que não são boas. Pelo meu jeito de pensar, pelas escolhas que faço, pelo caminho que sigo, pelas pessoas que conheço, pelos pensamentos que tenho, pela mania torta de não aprender com o primeiro tropeço. Sou eu. E-u. É um assunto comigo, não com o mundo. Ninguém tem culpa se as coisas não estão dando certo. E não, não pense que a vida da atriz global é infinitamente melhor que a sua só porque ela aparece bem penteada, maquiada, grifada e acompanhada. A vida de ninguém é um comercial de biscoito ou margarina. Todo mundo tem que conviver e aprender com suas mazelas e insucessos. Faz parte do amadurecimento. Mas existe, sim, uma coisa que você pode fazer. Ou começar a fazer, se é que ainda não percebeu o intenso efeito que isso faz. Você pode se modificar pouco a pouco todos os dias. Se você já percebeu que reclamar ou colocar a culpa no outro não soluciona os seus problemas, que tal arregaçar as mangas e ir em busca de uma vida mais leve? Que tal se conectar mais consigo mesmo? Que tal procurar perceber o porquê de determinadas coisas? Que tal refletir profundamente sobre tudo que já viveu e sentiu? Que tal parar de se vitimizar e procurar tudo de bom que a vida te trouxe até agora? Que tal?

Clarissa Corrêa.




Fonte:
http://elainecrespo.blogspot.com.br/2014/08/nao-da-pra-colocar-culpa-no-mundo-e-se.html/texto

Nossos valores íntimos

sábado, 16 de agosto de 2014

Todos trazemos na intimidade o somatório das experiências realizadas em nossa trajetória evolutiva. São nossas conquistas intelectuais, nossas habilidades, nossas competências. Da mesma maneira, os valores e sentimentos que nos movem, que habitam nosso coração, representam o resultado dos esforços encetados até este momento. Podemos dizer, na verdade, que tudo aquilo que constitui nosso mundo íntimo, seja no campo do intelecto, seja no dos valores morais, é o resultado do uso do livre-arbítrio em nossas vivências. Sábios e gênios, almas elevadas e corações bondosos, nada se constitui dom divino mas, sim, conquistas da alma ao longo de suas experiências. Percebemos, dessa forma, que não há favorecimento especial de Deus para uns em detrimento de outros. Somos os herdeiros de nós mesmos, das nossas construções íntimas, dos nossos aprendizados. Por isso mesmo, alguns valores equivocados também são o resultado das aquisições que encetamos em nosso caminhar: más inclinações, pendores dificultosos, tendências a serem corrigidas. Natural de nosso processo evolutivo, tudo que se constitua desarmonia e perturbação, é convite para a mudança íntima. O esforço em prol do exercício das virtudes, que plenificam, é a decisão que nos cabe, quando a lucidez e o entendimento maior da vida nos chegam. Se percebemos que ainda carregamos na intimidade valores que vão de encontro aos nossos desejos de melhora e progresso, é hora de mudar. Será a disciplina, no esforço e exercício constantes de substituir antigos valores por novas posturas, mais saudáveis e plenificadoras, que nos abrirá novos horizontes. Não há porque exasperar-se se ainda percebemos dificuldades na alma. Desejaríamos perdoar, mas ainda nos magoamos. Gostaríamos de não sentir raiva, mas nos deixamos perturbar quando nos sentimos agredidos. Anelamos não alimentar animosidade, mas nos permitimos criar silêncios e dificuldades outras, nas relações cotidianas. A origem do mal, que tem guarida em nossa intimidade, se encontra no uso inadequado do nosso livre-arbítrio. Portanto, será exatamente através da utilização correta dessa liberdade de agir, oferecida por Deus, que construiremos novos valores, a fim de renovar nossas paisagens interiores. Porém, da mesma forma que não devemos nos afligir pelas dificuldades que ainda moram em nosso coração, não devemos nos permitir acomodação com tais inclinações. Se já conseguimos perceber que há algo a modificar em nós mesmos, é sinal de que devemos nos empenhar para a melhoria. Meditar e considerar a excelente oportunidade que dispomos para o crescimento íntimo por meio do bem, no labor pela nossa transformação moral, é tarefa inadiável. Resta o passo definitivo, no esforço da mudança íntima, na tomada de nova postura. Ao afirmar que somos a luz do mundo, o Mestre Nazareno dava provas incondicionais da grande potencialidade que guardamos, esperando o esforço pessoal para desabrochar. Fontes: http://www.momento.com.br/Texto luisjw09.wordpress.com/Imagem

O Endereço Certo

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O jovem rapaz fazia os últimos preparativos para a viagem que se avizinhava. Ficaria distante da família, do país, na busca de novos desafios profissionais. Estava às portas de iniciar uma nova fase da vida, na qual precisaria se afastar do lar, dos amigos. Pela primeira vez, pensava ele, estaria sozinho, dono de si e de seu destino. Os vinte e poucos anos davam-lhe o combustível para correr em busca dos sonhos e das aventuras, no desejo natural de se descobrir e descobrir a vida. Certo dia, o avô o chamou, pois queria ter com ele uma conversa antes de partir. Recebido entre abraços e brincadeiras carinhosas, o velho senhor o convidou a ouvi-lo, pois tinha um último conselho a lhe dar antes da viagem. O jovem, afeito aos cuidados naturais do avô, imaginou que seriam as falas de sempre, aqueles conselhos para se cuidar, mandar notícias, e outras coisas do gênero. Sentou-se e esperou. Contudo, com o peso da sabedoria que os anos lhe possibilitavam, o avô o olhou, profundamente, nos olhos e lhe disse: Meu filho, por onde quer que você vá, não importam os caminhos e possibilidades que a vida lhe oferte, lembre-se de nunca perder o endereço de sua casa. O rapaz achou, a princípio, que se tratava de alguma brincadeira, ou mesmo que o juízo do avô falhara por alguns instantes. Afinal, como ele iria esquecer o nome da rua, o número da casa que lhe fora lar por toda a vida? Como assim, vovô, perder o endereço de casa? O senhor acha que eu não vou me lembrar onde moro? Depois de uma pausa natural, o ancião explicou: Meu filho, muitos serão os convites que lhe chegarão. E cada convite, será uma bifurcação na estrada de sua vida. Você terá a opção de ir para um lado ou para outro. Terá sempre a chance de dizer sim ou de dizer não. A sua resposta, para cada convite é que definirá o rumo de sua caminhada, o destino que você estará construindo para si mesmo. Assim, quando tiver dúvidas, quando se perguntar se vale a pena isso ou aquilo, lembre-se do endereço de sua casa. Lembre-se dos valores com que foi educado. Lembre-se de que é aqui que você aprendeu a ser honesto, honrado, solidário com o próximo, a ser uma pessoa de bem. As propostas que o afastarem da sua casa, tenha certeza, não valerão à pena. Não importa se possam acenar com sucesso, conquistas, dinheiro ou reconhecimento social. Escutando as valiosas palavras do avô, o jovem, emocionado, o abraçou, guardando na alma a lição. * * * Os valores recebidos no lar deverão nos acompanhar vida afora, aonde quer que nos conduzam nossos passos e nas mais diversas circunstâncias, sorria-nos o sucesso ou as momentâneas nuvens do fracasso. Os conselhos dos que nos antecederam na jornada reencarnatória devem nos merecer acurada reflexão, uma vez que, tendo experienciado determinadas lutas, eles têm, além do peso natural dos anos, a própria vivência a lhes guiar as palavras. Pensemos nisso. Fiquemos atentos às ponderações dos que nos querem bem e somente desejam que sejamos felizes nesta vida, sob a bandeira da honestidade e da dignidade. Fontes: http://www.momento.com.br/Texto

Aos que desejam desistir....

segunda-feira, 11 de agosto de 2014


Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece fraca, sem que consiga brilhar nos panoramas do teu caminho.

Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadores, gerando clima de sofrimento interior.

Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas situações que se amontoam, transformando-se em obstáculo cruel de difícil transposição.

Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.

Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso.

A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...

Refaze, porém, a observação.

Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensáveis à fixação dos valores transcendentes.

Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu íntimo.

Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo.

Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante e, desse modo, nos desviamos da rota redentora.

Não te aborreças, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.

A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.

Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.

Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente retornarão.

Os amigos que te deixaram; os amores que te não corresponderam; aqueles que te não quiseram compreender; quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade; os que investiram contra os teus anseios voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita ser vencido.

Tem calma! Silencia a revolta!

* * *

Por que desistir da vida, se ela nunca desiste de nós?

Por que desistir dessa grande oportunidade, se ela foi tão arduamente conquistada por nós, antes de voltarmos a nascer?

Sabíamos das provas que iríamos enfrentar aqui, aliás, viemos aqui justamente para isso, para suportar, e suportando com bravura, crescer interiormente.

Se não são as provas que nos assustam, mas sim expiações duríssimas que a lei nos impõe, encaremo-las como o momento da redenção, da libertação do sofrimento prolongado e indefinido.

O segredo da felicidade não está na vida de mansuetude, mas nas vitórias logradas sobre as batalhas diárias.

Cada vitória, uma felicidade a mais.

Aos que desejam desistir, força sempre! Quem resiste bravamente cresce e é feliz, mesmo em meio aos desafios.

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto
dosomething2.wordpress.com/Imagem

Partida e Chegada

sexta-feira, 8 de agosto de 2014


Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: Já se foi.

Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.

O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha, quando estava próximo de nós.

Continua tão capaz, quanto antes, de levar ao porto de destino as cargas recebidas.

O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.

E talvez, no exato instante em que alguém diz: Já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar:Lá vem o veleiro.

Assim é a morte.

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: Já se foi.

Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.

O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.

E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: Já se foi, no mais Além, outro alguém dirá feliz: Já está chegando.

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.

A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.

Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.

Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro, partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da Imortalidade que somos todos nós.

* * *

Victor Hugo, poeta e romancista francês, que viveu no século XIX, falou da vida e da morte dizendo:

A cada vez que morremos ganhamos mais vida. As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhante.

Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou.

Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou.

Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte.

O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente.

A Mala de Hana

quarta-feira, 6 de agosto de 2014


Hana Brady, treze anos de idade, a dona desta mala.
Cinquenta e oito anos atrás, 18 de maio de 1942 -
dois dias depois de celebrar seu aniversário de onze anos -
ela foi levada para Terezin, na Tchecoslováquia.
23 de outubro de 1944, amassada num trem de carga,
ela foi apra Auschiwitz.
Ela foi levada à câmara de gás logo depois.
As pessoas só podiam levar uma mala cada uma.
Eu tento imaginar o que Hana levou na sua mala.
Hana teria oitenta e três anos hoje, mas
sua vida acabou quando tinha treze.
Eu imagino que tipo de garota ela era.
Alguns desenhos que ela fez em Terezin - isso é tudo
que ela deixou para nós.
O que esses desenhos nos dizem?
Memórias felizes de sua família?
Sonhos e esperanças para o futuro?
Porque ela foi morta?
Havia uma razão.
Ela nasceu judia.
Nome: Hana Brady. Data de Nascimento: 16 de maio de 1931. Órfã.

Karen Levine

fonte: http://www.elainecrespo.blogspot.com

Aos que desejam desistir...

terça-feira, 5 de agosto de 2014


Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece fraca, sem que consiga brilhar nos panoramas do teu caminho.

Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadores, gerando clima de sofrimento interior.

Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas situações que se amontoam, transformando-se em obstáculo cruel de difícil transposição.

Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.

Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso.

A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...

Refaze, porém, a observação.

Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensáveis à fixação dos valores transcendentes.

Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu íntimo.

Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo.

Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante e, desse modo, nos desviamos da rota redentora.

Não te aborreças, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.

A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.

Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.

Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente retornarão.

Os amigos que te deixaram; os amores que te não corresponderam; aqueles que te não quiseram compreender; quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade; os que investiram contra os teus anseios voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita ser vencido.

Tem calma! Silencia a revolta!

* * *

Por que desistir da vida, se ela nunca desiste de nós?

Por que desistir dessa grande oportunidade, se ela foi tão arduamente conquistada por nós, antes de voltarmos a nascer?

Sabíamos das provas que iríamos enfrentar aqui, aliás, viemos aqui justamente para isso, para suportar, e suportando com bravura, crescer interiormente.

Se não são as provas que nos assustam, mas sim expiações duríssimas que a lei nos impõe, encaremo-las como o momento da redenção, da libertação do sofrimento prolongado e indefinido.

O segredo da felicidade não está na vida de mansuetude, mas nas vitórias logradas sobre as batalhas diárias.

Cada vitória, uma felicidade a mais.

Aos que desejam desistir, força sempre! Quem resiste bravamente cresce e é feliz, mesmo em meio aos desafios.

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto
profissaojornalista.blogspot.com/Imagem