O poço de Ryan

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


Ele só tinha seis anos quando a professora da primeira série falou do triste destino de crianças que viviam na África empobrecida e devastada por doenças.

Ryan estremeceu ao saber que centenas de milhares de crianças africanas morriam, todos os anos, por beberem água contaminada. A sua escola estava angariando fundos para a África e ele soube que setenta dólares custeariam um poço.

Ao chegar em casa, pediu à mãe o dinheiro e disse porque precisava. A mãe sugeriu que ele fizesse tarefas extras para conseguir a quantia.

Ele pegou uma folha de papel e desenhou um diagrama contendo trinta e cinco linhas. Para cada dois dólares recebidos, Ryan preenchia uma linha e guardava o dinheiro numa lata vazia de biscoitos.

Ele lavou janelas, recolheu pinhas que caíam no quintal, trabalhou como pôde.

Num dia de abril de 1998, Ryan entregou a uma organização internacional os seus setenta dólares. A senhora que o atendeu, agradeceu e explicou que uma bomba manual custava setenta dólares mas, para perfurar um poço eram necessários quase dois mil dólares.

Então vou trabalhar mais, disse o menino. Os pais se envolveram e desencadearam uma campanha de doações. Aos sete anos, Ryan conseguira juntar um pouco mais de setecentos dólares e a quantia faltante foi completada pela Agência de Desenvolvimento Internacional Canadense.

Ryan e seus pais foram convidados para uma reunião com o representante de Uganda na Associação Médicos Canadenses para Auxílio e Assistência, grupo que recolhia os fundos angariados e, com a ajuda dos habitantes das aldeias, construía e mantinha os poços.

Ryan foi abraçado pelo representante Shibru, que confirmou ao menino que o poço poderia ser localizado perto de uma escola, em Angolo, norte de Uganda.

Mas falou que eram necessárias vinte pessoas trabalhando dez dias para construir um poço com um escavador manual. Uma perfuradora pequena custava vinte e cinco mil dólares.

Disposto a conseguir o dinheiro, o menino teve sua história publicada em um jornal canadense e, em dois meses, tinha inspirado sete mil dólares em doações.

Já cursando a segunda série, Ryan e seus colegas de classe passaram a se corresponder com os meninos de Angolo.

Enquanto isso, Ryan passava horas escrevendo cartas pedindo dinheiro a várias organizações. Finalmente, conseguiu a quantia devida para a compra do equipamento.

Em 27 de julho de 2000, um caminhão, transportando Shibru, Ryan e seus pais, desceu a estrada de terra perto de Angolo.

Cerca de três mil crianças aguardavam na beira da estrada, batendo palmas. Os líderes da aldeia receberam Ryan e o levaram até o poço, ao lado da horta da escola. Na base de concreto estava escrito:

Poço de Ryan. Construído por Ryan Hreljac. Para a comunidade da escola elementar Angolo.

Naquela noite, na cama, Ryan disse para sua mãe: Estou muito feliz.

Terminou aquele dia inesquecível com a oração que fazia todas as noites: Desejo que todos na Àfrica tenham água limpa.

* * *

A fraternidade não conhece fronteiras e o amor desconhece limites.

Permitamo-nos o contágio do bem, com essa vontade de auxiliar, com esse sentimento de se importar com o outro, mesmo que lhe desconheçamos o nome. Mesmo que só o que ele necessite seja um copo de água limpa e fresca, para manter-lhe a vida.

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto
annabellerosette.blogspot.com/Imagem

Persistência

terça-feira, 26 de novembro de 2013


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo no próprio local.

Para poder continuar nos negócios penhora, com muito pesar, as joias da esposa.

Quando apresenta o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido.

O homem desiste? Não!

Volta para a escola por mais dois anos, sendo vítima de grande gozação por parte de seus colegas, e de alguns professores que o tacham de visionário.

O homem fica chateado? Não!

Após dois anos, a empresa que o recusara, finalmente fecha contrato com ele, porém, durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída.

O homem se desespera e desiste? Não!

Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente a arrasa.

Será essa a gota d’água? O homem desiste? Não!

Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país, e esse homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.

Ele entra em pânico e desiste? Não!

Criativo, como de costume, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta, e sai às ruas.

Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas bicicletas motorizadas.

A demanda por motores aumenta muito, e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção.

Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a ideia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história: hoje, a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada em todo o mundo.

Tudo porque Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

* * *

Se você vive momentos difíceis, como quase todo o mundo, não se deixe desanimar e persista.

A vida reserva um prêmio maravilhoso para aquele que persiste, que tem fé, e que não se deixa abalar pelo desânimo.

O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano.

E, se mesmo depois de uma vida inteira de persistência, você não conseguir desfrutar do conforto material desejado, saiba que conquistou algo muito maior, muito mais duradouro do que os tesouros da Terra.

Você conquistou um dos tesouros do coração a que chamamos virtude.

* * *

De qualquer forma as horas se sucedem. Utilize-as de maneira digna, mesmo que a peso de sacrifícios.

Quando você transpuser a barreira da dificuldade, constatará a vantagem de haver perseverado, descobrindo-se rico de paz, face aos tesouros de amor e realização que adquiriu.

Motivo algum deve servir de apoio para o desânimo.

Tudo na vida constitui convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto
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Conhecereis a verdade...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. A frase foi dita por Jesus e anotada pelo Apóstolo João, em seu Evangelho. E nos perguntamos: De que nos libertará? Afinal, cada um de nós tem suas próprias cadeias existenciais e problemáticas.

São questões íntimas que nos infelicitam, são dificuldades de toda ordem, em termos materiais.

A que liberdade e a que verdade se referia Jesus?

Foi meditando nessas questões, que lemos a história de um rabino da Europa Oriental que, durante a Segunda Guerra Mundial, perdeu sua mulher e seus seis filhos no campo de concentração de Auschwitz.

Após a guerra, ele tornou a se casar, mas sua esposa era estéril. Ele sofria pelo desespero de não ter um filho que pudesse pronunciar o kaddisch para ele, depois de sua morte.

O kaddisch é uma oração pelos mortos. No caso de pai ou mãe é recitada, conforme a crença hebraica, por onze meses, pelo filho.

O psiquiatra que o ouviu, lhe acenou com outros sentidos para a vida, além da própria perpetuação da espécie. Em vão.

Então, lhe perguntou se ele não esperava rever seus filhos, na Espiritualidade, quando morresse. Aí, a torrente de lágrimas foi maior.

Ele acreditava que seus filhos haviam morrido inocentes na câmara de gás e, por isso, estariam no céu. No entanto, ele mesmo se considerava alguém indigno de compartilhar aquele lugar com eles.

Por isso, acreditava que nunca mais os veria. O psiquiatra vienense migrou para determinado raciocínio, que auxiliou o rabino em seu desespero.

Mas, foi aí que ficamos a pensar: se aquele pai tivesse o conhecimento, além da sua respeitável ortodoxia, de que Deus é Amor Infinito e não decreta juízos definitivos aos Seus filhos, quão melhor se sentiria.

Se ele soubesse que somos julgados pela própria consciência e que a cada um será dado segundo as suas obras;

se soubesse que, mais que tudo, a Justiça Divina é de misericórdia... embora as dificuldades de caráter pessoal, quão consolador lhe seria o saber que, após a morte, os amores tornamos a nos reencontrar.

Como poderia ser diferente, sendo as leis criadas por um Pai amoroso e bom?

Ensinou-nos Jesus: Qual dentre vós é o homem que lhe pedindo pão o seu filho, lhe dará uma pedra?

Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus.

Eis a verdade que liberta da dor da separação pela morte física. A certeza da Imortalidade e dos reencontros.

O amor não acaba porque a vida física se finda. O amor é imortal, transcende as fronteiras da morte e une os corações amados.

O Deus bom, que veste os lírios dos campos e alimenta as aves dos céus, não poderia ter menos misericórdia para com os Seus filhos.

Pensemos nisso. E agradeçamos pela libertação da dor maior das ausências físicas porque cremos na Imortalidade da alma, porque cremos em um Deus infinitamente justo e bom, um Deus que é Amor.

Agradeçamos por saber que logo mais nos reencontraremos, os que vivemos na carne e os que já transitaram pelo grande portal da morte.

Agradeçamos ao Pai de amor e bondade e a Jesus que nos revelou essa verdade.

Fontes:
filhosdofogo.net/Imagem

Um detalhe importante....

sexta-feira, 22 de novembro de 2013


Ao nos ensinar a orar, frisou Jesus que não seria pelo muito falar que seríamos atendidos por Deus, Nosso Pai. Ao contrário, enfatizou no templo, aos apóstolos, que a prece do publicano tinha maior poder, pela humildade de que se revestia.

Alguns de nós, quando convidados a orar em público, declinamos da oferta, porque acreditamos não saber dizer palavras bonitas.

Pensando nesses termos, é que a história seguinte se faz muito oportuna.

Uma mulher morava em uma humilde casa com sua neta muito doente. Como não tinha dinheiro para levá-la ao médico, decidiu enfrentar a caminhada de duas horas até a cidade próxima, em busca de ajuda.

No único hospital público da cidade, foi orientada a trazer a neta, que deveria ser examinada.

Pensando em como faria para trazer a criança, pois ela não conseguia sequer se manter em pé, a mulher fez o caminho de volta, desconsolada.

Ao passar defronte a um templo religioso, decidiu entrar e, porque visse outras pessoas orando, pediu a elas que orassem por sua netinha.

Passados alguns minutos, ela mesma se animou a fazer sua prece e em voz alta foi falando:

Jesus, sou eu. Olha, a minha neta está muito doente. Eu gostaria que você fosse lá para curá-la. Jesus, você pega uma caneta que eu vou dizer onde fica.

Depois de uns segundos, continuou:

Já está com a caneta, Jesus? Então, você vai seguindo em frente e quando passar o rio com a ponte, você entra na segunda estradinha de terra. Não vai errar, tá?

Os que estavam por perto acharam interessante aquele monólogo. Alguns, no entanto, mal podiam conter o riso. Mas a senhora, de olhos fechados, continuou:

Andando mais uns vinte minutinhos, tem uma vendinha. Pega a rua da mangueira que o meu barraquinho é o último da rua. Pode entrar que não tem cachorro.

Olha, Jesus, a porta está trancada, mas a chave fica embaixo do tapetinho vermelho, na entrada. O senhor pega a chave, entra e cura a minha netinha. Mas, olha só, Jesus, por favor não esqueça de colocar a chave de novo embaixo do tapetinho vermelho, senão eu não consigo entrar.

Terminada a oração, ela se levantou e foi para casa. Ao entrar, sua netinha veio correndo recebê-la.

Minha neta, você está de pé? Como é possível?

E a menina respondeu:

Vovó, eu ouvi um barulho na porta e pensei que fosse a senhora voltando. Aí, entrou em meu quarto um homem alto, com um vestido branco, e mandou que eu me levantasse. E eu me levantei.

Depois, Ele sorriu, beijou minha testa e disse que tinha que ir embora, mas pediu que eu avisasse a senhora que Ele iria deixar a chave embaixo do tapetinho vermelho.

* * *

A verdadeira oração não necessita de palavras difíceis ou muito buriladas. É a manifestação espontânea do coração que se abre num colóquio íntimo, pedindo, agradecendo, louvando, reconhecendo a própria pequenez e a grande necessidade.

A força de uma prece não reside apenas na coordenação das palavras proferidas, mas na intenção que o pensamento exterioriza, para a fonte de recursos a que se dirige.

Por isso mesmo, o Mestre de Nazaré ensinou: Buscai e achareis. Batei e abrir-se-vos-á.

Fontes:
www.paixaoeternura.com/Imagem

Apesar da Dor

quinta-feira, 21 de novembro de 2013


Esperar o momento de Deus para nós ás vezes pode gerar angustia e frustração e nos envolver em um sentimento de derrota e fracasso.

Sentimos-nos como se não tivéssemos valor algum, ninguém nos vê, somos invisíveis no meio de uma grande multidão onde ninguém parece notar que nosso coração doe e que estamos sofrendo.

Só sabe o tamanho da dor quem sofre, só sabe como doe o esquecimento quem é esquecido.

Ser esquecido doe, ser desprezado doe, ser pisado doe; isto parece gerar uma dor que nunca terá fim.

A dor que sentimos é real, porém apesar dela devemos clamar mesmo que tenhamos dificuldade para o fazê-lo. Devemos clamar e receber o balsamo de cura que Jesus está a nos oferecer.

Jesus é o único que entende e sabe o que realmente é sofrimento, desprezo, humilhação, dor, Ele sofreu por nós.

Jesus sabe o que é sofrer e também sabe o que é triunfar após o sofrimento.

A dor que você sente hoje não é insignificante, Deus a vê e quer acabar com ela, Deus é o médico curador que quer sarar as tuas enfermidades, as tuas feridas da alma e do coração.

Se entregue a Ele, confie nEle, lance-se aos Seus braços.

O remédio que Ele vai te dar pode não ser o remédio que você espera, porem este remédio que Ele te oferece é o que te dará crescimento e te moldará da maneira que Ele quer.

Aceite o remédio de Deus hoje se entregue ao cuidado dEle, mesmo que sejam poucas as tuas forças, mesmo que seja pouca a tua esperança de vitória.

Ele cuida de você, Ele sabe o que realmente você precisa para que os planos e propósitos dEle se cumpram em sua vida.

Escolha, apesar da dor, prosseguir, crer e confiar mesmo que em meio a lágrimas e sofrimento.

Carta a um prisioneiro...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013


Ela havia sido uma mulher vitoriosa.

Aos trinta e um anos de idade, com uma filha de dez anos, teve paralisia e perdeu os movimentos das pernas.

Jamais se entregou ao desânimo, pelo contrário, conseguiu ser mais ativa ainda em sua vida.

Diplomou-se em educação especial, e aprendeu tudo que podia sobre as pessoas com deficiência. Depois, fundou um grupo de amparo chamado Os incapacitados.

Seu exemplo modificou a vida daqueles que a rodeavam, principalmente de sua filha que, anos mais tarde, dedicou-se ao Direito, na área penal.

Apesar da paralisia, aquela mulher envolveu-se no auxílio aos detentos, levando-lhes mensagens de inestimável valor.

Dentre essas, destaca-se uma carta escrita a um deles:

Querido Waymon, quero que saiba que tenho pensado em você com frequência, desde que recebi sua carta.

Você mencionou como é difícil estar preso, atrás das grades, e meu coração se une ao seu.

Mas, quando você disse que eu não imagino o que é estar na prisão, senti-me compelida a dizer-lhe que está errado.

Existem diferentes tipos de liberdade, Waymon, diferentes tipos de prisão. Às vezes, nossas prisões são autoimpostas.

Quando, com trinta e um anos, levantei-me um dia para descobrir que estava completamente paralisada, senti-me em uma armadilha – dominada pela sensação de estar presa dentro de um corpo que não me permitia mais correr pelas campinas, dançar ou carregar minha filha nos braços.

Fiquei ali deitada por muito tempo, lutando para chegar a um acordo com minha enfermidade, e buscando compreender o que a vida tentava me dizer.

Certo dia, então, me ocorreu que, na realidade, ainda havia opções abertas para mim e que eu tinha a liberdade de escolher entre elas.

Será que eu iria sorrir quando visse meus filhos de novo, ou iria chorar? Iria zangar—me com Deus, ou iria pedir a ele que fortalecesse minha fé?

Em outras palavras, o que eu iria fazer com o livre-arbítrio que ele havia me dado, e que ainda era meu?

Tomei a decisão de lutar, enquanto estivesse viva, para viver o mais plenamente possível, para procurar tornar minhas experiências, aparentemente negativas, em experiências positivas, procurar formas de transcender minhas limitações físicas, expandindo minhas fronteiras mentais e espirituais.

Eu poderia escolher entre ser um exemplo para meus filhos, ou poderia murchar e morrer emocional e fisicamente.

Existem muitos tipos de liberdade, Waymon. Quando perdemos um tipo de liberdade, temos que simplesmente procurar por outro.

Você e eu somos abençoados com a liberdade de escolher entre bons livros que iremos ler, e quais deixaremos de lado.

Você pode olhar para as suas grades ou pode olhar através delas. Você pode ser um exemplo para prisioneiros mais jovens, ou pode se misturar com os encrenqueiros.

Você pode virar as costas para Deus, ou pode amá-lO e buscar conhecê-lO.

Até certo ponto, Waymon, estamos nisso juntos.

* * *

Pensemos nisso: como estamos utilizando nosso livre-arbítrio?

Fontes:
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O segredo

terça-feira, 19 de novembro de 2013


A faixa, estendida num ponto estratégico de rua de grande circulação de veículos, nos chamou a atenção. Após o nome de uma mulher, a inscrição dizia: Obrigado por esses quarenta anos de convivência. Te amo. E havia o nome de um homem.

Quarenta anos. Uma vida. Qual seria o segredo desse relacionamento profundo e duradouro?

Em quarenta anos, os filhos nasceram, cresceram e se foram, deixando o ninho vazio. Os dois estão agora como começaram: a sós.

Em quarenta anos, mudou a maneira de se entender muitas coisas, mudou a moeda, mudou o governo. Em quarenta anos, o país passou por crises financeiras diversas.

Faltou água, houve enchentes, faltou energia elétrica, amigos morreram, novas amizades surgiram.

Mas o amor dos dois permaneceu. Sobreviveu a tudo. A todas as crises. como?

Talvez a receita se encontre no respeito, no diálogo e na confiança que caracterizam o verdadeiro amor, tal como escreveu, um dia, Thomas Gordon:

Tu e eu vivemos um relacionamento que valorizo e quero conservar. No entanto, cada um de nós é uma pessoa diferente, com suas próprias necessidades e o direito de satisfazê-las.

Quando tiveres dificuldade para resolver teus problemas, tratarei de escutar-te cordialmente e ajudar-te, com o objetivo de que encontres tuas próprias soluções, ao invés de depender das minhas.

Da mesma maneira, tratarei de respeitar o teu direito de escolher as tuas próprias ideias e desenvolver teus próprios valores, mesmo que esses sejam diferentes dos meus.

Quando tua atividade interferir no que devo fazer para a satisfação das minhas necessidades, te comunicarei aberta e honestamente como me afeta a tua conduta, confiando que tu me compreenderás e ajudarás no que puderes.

Da mesma maneira, quando algum dos meus atos te for inaceitável, espero que me comuniques, com sinceridade, teus sentimentos. Escutarei e tratarei de mudar.

Nas ocasiões em que descobrirmos que nenhum dos dois pode mudar sua conduta para satisfazer as necessidades do outro, reconheçamos que temos um conflito que requer solução.

Comprometamo-nos, então, a resolver cada um desses conflitos, sem recorrer ao uso do poder ou da autoridade, para vencer, às custas da derrota do outro.

Esforcemo-nos para encontrar uma solução que seja aceitável para ambos. Tuas necessidades serão satisfeitas e também as minhas. Ambos venceremos e nenhum de nós será derrotado.

Nossa relação poderá ser suficientemente positiva para que, nela, cada um de nós possa esforçar-se para chegar a ser o que é capaz de ser.

E poderemos continuar nos relacionando um com o outro com respeito, amor e paz mútuos.

* * *

A finalidade do amor é amar. E amar significa doar, servir, renunciar.

Amar significa comprometer-se, entregar-se totalmente com a esperança de produzir amor na pessoa amada.

Todo ser humano deseja sentir-se amado, aquecido, acompanhado e bem cuidado por alguém.

Mas esse bem não se tem, se não se oferece outro semelhante, porque só o amor gera amor.

Fontes:
ursulaavner.blogspot.com/Imagem

O nascer do sol e a presença de Deus

sábado, 16 de novembro de 2013


Após a sessão matinal de orações, o noviço perguntou ao abade:

Todas essas orações que o senhor nos ensina, fazem com que Deus se aproxime de nós?

Vou responder a você com outra pergunta. – Disse o abade.

Todas essas orações que você reza irão fazer o sol nascer amanhã?

Claro que não! O sol nasce porque obedece a uma Lei Universal!

Então esta é a resposta à sua pergunta. Deus está perto de nós, independente das preces que fazemos.

O noviço revoltou-se:

O senhor quer dizer que nossas orações são inúteis?!

Absolutamente. – Respondeu, com serenidade, o abade. – Se você não acordar cedo, nunca conseguirá ver o sol nascendo. Se você não orar, embora Deus esteja sempre por perto, você nunca conseguirá notar Sua presença.

* * *

Que bela lição encontramos aqui.

Não oramos para que Deus esteja próximo e nos ouça. Oramos para criar uma ponte entre nós e o Criador de tudo e de todos.

Em verdade somos nós que precisamos nos aproximar Dele, assim como das coisas do Espírito, dos verdadeiros tesouros do Universo.

Somos nós que esquecemos da Providência Divina, de nossos protetores. Eles jamais se afastam de nós. Somos nós que, ao fecharmos os olhos e ouvidos da alma, nos afastamos de seus conselhos, de suas inspirações, de seu amparo.

A oração é a higiene do Espírito. Uma comunicação saudável da criatura com seu Criador.

Precisamos adquirir esse hábito, mantendo-nos constantemente em contato com o Alto, tornando-nos assim mais fortes e mais preparados para enfrentar os reveses da vida, e as vicissitudes que se apresentarem.

A oração é um diálogo de coração com coração, em que abrimos os salões de nossa alma para receber a visita de nossos amigos, daqueles que, de outras esferas, velam por nossas vidas.

Não nos preocupemos com a beleza dos dizeres, e sim com a sinceridade e a pureza de seu conteúdo.

Quando houver mais sentimento, mais honestidade em nossas palavras, mais fortes serão os raios invisíveis que nossa oração emitirá em direção ao firmamento Divino.

Vale lembrar a lição do abade ao noviço: Se você não acordar cedo, nunca conseguirá ver o sol nascendo. Se você não orar, embora Deus esteja sempre por perto, você nunca conseguirá notar Sua presença.

* * *

A seara exuberante de grãos e de frutos se distende ante as suas necessidades; contudo, para que dela se aproveite, você terá que cozer os grãos e preparar as polpas, a fim de utilizá-los devidamente.

A chuva benfazeja se derrama sobre larga faixa terrestre, trazendo o amparo dos céus à fertilidade do chão e à manutenção das fontes.

Mas, se você pretende dela valer-se, é preciso construir a calha conveniente ou providenciar o pote que a possa recolher.

Pensando desse modo, vemos que as bênçãos do Criador, sob
forma de energias balsâmicas e equilibradas, se espalham sobre todas as Suas criaturas. Porém, para que você possa ser dulcificado por essa benesse, torna-se necessário unir-se, em sintonia feliz, a essas faixas de luz.

E a prece propicia esse diálogo, essa união.

Fontes:
88434066.blogspot.com/Imagem

A beleza de cada um....

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


No momento em que a mídia enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se enriquecer de forma muito rápida;

no momento em que se observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;

cabe-nos proceder a uma pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.

Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:

Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.

Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:

Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.

A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.

De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.

Não importa se seus braços são longos ou curtos. O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.

Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.

Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.

Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.

Não importa a forma ou a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.

Não importa o formato do nariz. O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.

Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.

* * *

Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.

Agradeça a possibilidade de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.

Finalmente, recorde de grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com seus gestos extraordinários.

Lembre da pequenina irmã Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.

Por fim, de nosso Francisco Cândido Xavier que, de sua casa, em Uberaba, portador de variadas complicações físicas, espalhava luz para o mundo, através das suas mãos envelhecidas pelo tempo.

Pense nisso.

Fontes:
sucessoabsoluto.com.br/Imagem


Um dia Especial

terça-feira, 12 de novembro de 2013


Dois irmãos brincavam em frente à sua casa, jogando bolinhas de gude. Júlio, o mais novo, disse ao irmão Ricardo, em certo momento:

Meu querido irmão, eu amo muito você e não quero me separar de você!

Ricardo, sem dar muita importância, falou:

O que deu em você, moleque? Que coisa boba é essa de amar? Continue jogando.

À noite, quando o pai dos garotos chegou em casa, estava exausto e muito mal humorado, pois não havia conseguido fechar um negócio importante.

Júlio olhou para o pai e disse:

Olá, papai. Eu amo muito você e não quero me separar de você!

No auge do mau humor, Jacó o repreendeu:

Júlio, estou cansado e nervoso. Por favor, não fique falando coisas bobas.

Com aquelas palavras ásperas, o menino ficou magoado e foi chorar num cantinho do quarto, onde a mãe o encontrou mais tarde.

Abraçando-o, ouviu dele:

Mamãe, eu amo muito você e não quero nunca me separar de você.

Dona Joana sorriu para o filho e o acalmou:

Meu amado filho, ficaremos sempre juntos.

Quando todos se recolheram para dormir, dona Joana comentou com o marido a estranha atitude do filho, ao que ele respondeu que Júlio estava querendo chamar a atenção.

Mas, lá pelas duas horas da manhã, Ricardo acordou com a luz sendo acendida em seu quarto e Júlio olhando-o, mudo.

Está louco, Júlio? Apague a luz e me deixe dormir!

O garoto obedeceu e foi para o quarto dos pais. Acendeu a luz e ficou olhando os dois a dormir, até que o pai acordou e lhe passou um belo sermão.

Vá dormir, menino! Foram as últimas palavras.

Então Júlio, sem dizer nada, apagou a luz, foi para seu quarto e se deitou.

Na manhã seguinte, todos se levantaram cedo. Jacó iria trabalhar. Dona Joana levaria os meninos para a escola.

Mas Júlio não se levantou. O pai o chamou. Sacudiu. Então percebeu que Júlio estava com os olhos fechados e pálido.

Jacó colocou a mão sobre o rosto do filho. Estava gelado. Júlio morrera.

Dona Joana se agarrou ao corpo do filho, chorando. Ricardo e Jacó estavam desconsolados.

Com os olhos cheios de lágrimas, o pai descobriu em uma das pequenas mãos de Júlio um pedaço de papel.

Era um bilhete com a letra do menino:

Outra noite, tive um sonho. Um mensageiro de Deus veio falar comigo e me disse que, apesar de amar minha família e ela me amar, teríamos que nos separar. Eu não queria isso, mas o mensageiro explicou que era necessário.

Não sei o que vai acontecer, mas estou com muito medo. Gostaria que ficassem claras apenas algumas coisas:

Ricardo, não se envergonhe de amar seu irmão.

Mamãe, a senhora é a melhor mãe do mundo.

Papai, o senhor de tanto trabalhar, se esqueceu de viver.

Eu amo todos vocês!

* * *

O melhor dia para amar é hoje, enquanto a oportunidade nos sorri. O amanhã pode nos surpreender distantes da pessoa amada.

O melhor momento para demonstrar o amor é agora, antes que passem os minutos e as horas se esgotem, no relógio da nossa vida.

Lembremos: o tempo mais bem aproveitado é aquele que dedicamos às elevadas expressões do amor.

Fontes:
www.fmh.utl.pt/Imagem

Viver ou Apenas Existir?

sexta-feira, 8 de novembro de 2013


Tem gente que apenas existe, mas não sabe viver

Tem gente que ri, mas o coração quer chorar

Tem gente que chora, mas nem sempre são lágrimas de alegria

Tem gente que corre, mas nem sempre acompanha o ritmo da caminhada

Tem gente que olha, mas nem sempre vê a vida com bons olhos

Tem gente que tem prazer, mas nem sempre vive o amor

Tem gente que se recolhe, mas nem sempre é para descansar

Tem gente que constrói a casa sobre a areia, mas logo o mar a leva

Tem gente que conquista, mas nem sempre o que era seu

Tem gente que agride, mas a mágoa não vai embora

Tem gente que luta, mas nem sempre nas suas batalhas

Mas quem busca sempre acha

Quem espera sempre alcança

Quem planta a semente sob a terra fértil, terá bons frutos

Quem corre no ritmo da vida atenciosamente, alcançará a felicidade até nos pequenos detalhes

Quem planta amor, nunca se arrependerá do passado

Quem cai, mas consegue se erguer, esse é vencedor

Quem enfrenta todas as batalhas de cabeça erguida, vencerá todas as guerras

Se você perdoa um, pode ter a certeza que ganhou seu dia

E principalmente, quem crê em Deus vencerá todo dia

Lembre-se:
Viva o amanhã como se fosse um recomeço, do que você falhou no dia de ontem.
Acredite, espere e perceba os pequenos detalhes da vida , para que você quando se deitar, poder dizer " Eu ganhei o meu dia ".
Deus te abençoe e bom dia !

(Mario César G. F. Junior)

Fontes: http://www.catequisar.com.br/Texto/Jmagem



O balão de Benny

quinta-feira, 7 de novembro de 2013


Benny tinha setenta anos quando morreu, subitamente, de câncer, em Wilmette, Illinois.

Nos últimos dez anos de vida, havia recebido o amor de alguém muito especial: sua neta, Rachel – e o amor de avô para neta, assim como o de neta para avô, é desses sentimentos de que nunca se esquece, e que nunca perece.

Infelizmente, Rachel não teve a chance de dizer adeus ao seu avô e, por isso, chorou durante vários dias.

Seu pranto apenas cessou quando teve uma ideia, após receber um grande balão vermelho numa festa de aniversário.

E a ideia era a de escrever uma carta para o vovô Benny, e enviá-la ao céu em seu balão.

A mãe de Rachel não teve coragem de dizer não, e observou, com lágrimas nos olhos, o frágil balão subir por entre as árvores que cercavam o jardim, e desaparecer.

Dois meses depois, Rachel recebeu esta carta, com carimbo do correio de uma cidade a novecentos quilômetros de distância, na Pensilvânia:

Querida Rachel, vovô Benny recebeu a sua carta. Ele realmente a adorou.

Por favor, entenda que coisas materiais não podem ficar no céu, por isso tiveram que mandar o balão de volta para a Terra.

Lá eles só guardam os pensamentos, as lembranças, o amor e coisas desse tipo.

Rachel, sempre que você pensar no vovô Benny ele saberá e estará muito perto, com um amor enorme por você.

Sinceramente, Bob Anderson (também um vovô).

* * *

A singeleza dessa passagem nos traz muita emoção.

Faz-nos pensar sobre a morte, sobre a separação, sobre o amor, de uma forma tão sublime!

A resposta que Rachel recebeu de um bondoso e inspirado avô, deve conduzir-nos a uma reflexão profunda sobre a vida, sobre como continuamos a estar próximos daqueles que partiram.

Eles só guardam os pensamentos, as lembranças, o amor e coisas desse tipo. Isto é, a maior homenagem que podemos fazer a eles estará no que sentir nosso coração, e no que recitarem as nossas preces.

Sigamos o exemplo dessa neta, e enviemos constantemente balões vermelhos ao céu, com nossas mensagens de amor e saudade a eles.

Os balões serão nossas orações, que somente ganharão altura suficiente para serem ouvidas, se guardarem em seu íntimo a simplicidade, a sinceridade e o coração.

O som das palavras voltará à Terra, pois, como disse o avô da história, coisas materiais não podem ficar no céu, mas tenhamos plena certeza que os sentimentos chegarão ao seu destino, e inundarão de alegria nossos amores desencarnados.

Rachel, sempre que você pensar no vovô Benny, ele saberá e estará muito perto, com um amor enorme por você.
* * *
Ensinemos as nossas crianças, desde cedo, a compreender a morte.

Mostremos a elas que esse é um fenômeno natural, e que nos separa apenas fisicamente daqueles que nos são caros.

Como se esses estivessem numa viagem ao Exterior, vivos, felizes, trabalhando e estudando. E apenas tivéssemos que desenvolver outras formas de comunicação com eles, além de telefonemas, cartas e e-mails.

Essas outras formas de nos comunicarmos estão em nossas preces, em nossos sonhos, e nas inspirações que nos enviam.

É muito importante que as crianças entendam, desde cedo, que a morte não existe, e que tornaremos a encontrar todos aqueles que não habitam mais a Terra.

Fontes:
oteatrodavida.blogspot.com/Imagem

Tornando-nos reais...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013


Ao mirar-se o horizonte, percebia-se que o sol, senhor do dia, baixava guarda ao reinado da lua.

Primeiro um, depois outro, os vizinhos começavam a trazer suas cadeiras para a frente dos lares, em busca de uma agradável conversa de final de dia.

Enquanto os adultos dialogavam sobre os mais variados assuntos, as crianças brincavam na rua.

Era como se, naquela comunidade, todos fizessem parte de uma mesma família.

Entretanto, aconteceu que um dia um dos vizinhos chegou em casa carregando uma grande caixa de papelão.

Ao anoitecer, como era costume, todos se reuniram nas calçadas para mais algumas horas de conversa.

Foi então que alguém, verbalizando a curiosidade geral, questionou o vizinho acerca do conteúdo da misteriosa embalagem.

Ele revelou que, depois de muito poupar, sua família havido comprado um aparelho de televisão. Estavam ansiosos aguardando pelo dia seguinte, quando um técnico viria instalá-lo corretamente.

A vizinhança ficou toda admirada. Aquela era a primeira televisão a chegar naquela rua.

Os dias sucederam-se e aquele vizinho, bem como seus familiares, começaram a aparecer cada vez menos na alegre roda de conversa entre amigos.

Primeiro, vinham apenas a cada dois ou três dias. Depois, uma vez por semana. Então, uma vez ou duas por mês. E, finalmente, não apareceram mais.

Enquanto todos conversavam alegremente, contemplavam pelas vidraças a família do saudoso vizinho, sentado junto aos seus familiares, de frente para aquela tela brilhante.

O tempo foi passando. Logo, mais um vizinho apareceu com uma grande caixa de papelão em casa. E depois outro. E ainda mais um.

Gradualmente, a roda de conversa foi ficando menor, até desaparecer por completo.

Os vizinhos, agora, pouco se viam. À noite, recolhiam-se diante dos televisores, absortos pela programação, mergulhados num afastamento sem limites.

* * *

As décadas se passaram, mas a triste situação permanece.

Hoje, ainda que estejamos vivenciando a era da internet, através da qual temos ampla possibilidade de nos comunicarmos, jamais estivemos tão isolados.

Nunca o número daqueles que se sentem sós esteve tão alto, ainda que contando centenas de amigos nas redes sociais.

Contra a solidão e o isolamento, os ensinamentos eternos do Mestre: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.

Troquemos, vez ou outra, o toque frio dos mouses de computador, pelo toque caloroso de uma mão amiga. A digitação frenética, por momentos venturosos de uma conversa amistosa.

Os sites de bate papo, por idas ao parque, um jantar descontraído com os amigos, momentos de diversão.

A grande lição que todos temos diante da oportunidade reencarnatória que se apresenta é aprendermos a amar.

E tal aprendizado só se faz na relação com o outro: nos gestos de caridade e de perdão, nas palavras ditas num momento de ternura.

Quando, enfim, deixamos um pouco de lado o conforto e a praticidade da vida virtual e vivemos intensamente aquilo que nos torna reais e humanos: a capacidade de amar.

Pensemos nisso!

Fontes:

Deus cria as flores, o homem idealiza o jardim...

terça-feira, 5 de novembro de 2013


O espetáculo da primavera explodindo em flores e cores é deslumbrante.

Quase inacreditável, não ocorresse todos os anos, que, após os meses de inverno, com temperaturas extremamente baixas, haja tal profusão de botões e flores se abrindo aos beijos do sol.

Árvores, até há pouco desnudas, se vestem de verdes variados e se engalanam com folhas.

Mas o espetáculo que o homem monta com árvores, plantas, folhagens e flores é sempre indescritível.

Em determinados locais, o encantamento extrapola tudo que se possa pensar em colorido. Assim é, por exemplo, no jardim de Kawachi Fuji, localizado a cerca de seis horas da capital japonesa, Tóquio.

Nesse jardim, nada menos do que cento e cinquenta pés de glicínias chinesas atraem as vistas dos turistas, especialmente no túnel, que permite ocaminhar sob um encantador céu, repleto de cor e perfume.

Também em Mainau, a famosa ilha, no lago de Constança, na Alemanha, a diversidade de flores, árvores e plantas excede o comum.

Carvalhos e cedros frondosos dão ao local uma silhueta elegante, além de uma legião de plantas de vasos e uma valiosa coleção de árvores cítricas.

De junho a agosto, cerca de nove mil roseiras de quatrocentos tipos diferentes oferecem suas rosas. Além das cores, dos perfumes, da textura das pétalas de cada flor, encantam os visitantes as formas compostas pelos jardineiros.

Em Bruxelas, na Bélgica, a cada dois anos, a cidade se transforma num palco de grande espetáculo: um enorme tapete de begônias é montado, formando uma composição belíssima, cuja vista é gratuita para todos os passantes.

A Bélgica é a maior produtora de begônias do mundo. Todas as flores do tapete são verdadeiras e cultivadas no próprio país.

Embora sem solo, elas são colocadas lado a lado, de forma tão apertada, que criam seu próprio microclima, permanecendo frescas e coloridas por dias.

Enfim, em todas as cidades, praças e parques do mundo é possível encontrar a policromia das flores ajustada pela mão humana.

O homem é genial na elaboração de figuras geométricas em canteiros, misturando cores, idealizando belezas.

Em qualquer jardim, por menor que seja, até mesmo na pequena sacada de um apartamento, se poderá ver o que faz a mão humana com a produção Divina.

É mesmo assim: Deus cria as flores e o homem compõe os jardins.

Une-se a genialidade infinita de Deus à criatividade humana e o resultado é o que extasia os nossos olhos e o Espírito.

Nesses momentos, a alma se sente mais próxima de seu Criador, Pai e Senhor.

E o homem se sente feliz compondo esses poemas de cor e perfume, utilizando-se da essência Divina que em sua intimidade dormita.

Nessa cumplicidade de arte, mais uma vez atesta-se da grandeza do Criador. Ele poderia ter feito tudo sozinho. No entanto, desejou que o homem se tornasse colaborador constante.

Por isso é que o homem todos os dias se supera, engendrando mais e mais versos em cores e poesias de perfumes.

Deus cria as flores, o homem idealiza os jardins.

Fontes:
viasistemica.wordpress.com/Imagem

A vida é feita de escolhas

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


Como todos sabem, a vida de cada um é feita, especialmente de escolhas, sendo que estas escolhas podem ser positivas, ou negativas basta que saibamos escolhe-las perfeitamente, porém nem sempre é fácil escolher não é mesmo?

Com toda certeza, pois a escolha sempre vem acarretada de indecisões, angústias, incertezas, e dúvidas. E para ajudar nas escolhas nada mais aconselháveis que a calma, já que ela ajuda, e muito especialmente naqueles momentos de difíceis decisões.

E a vida de cada pessoa é repleta tanto de grandiosas, quanto de pequenas escolhas, sendo assim cada uma destas decisões podem ser levadas a caminhos, amplamente diferentes, e que só podem ser explicados, e entendidos quando realmente vividos. Pois existem as escolhas mais facilitadas, porém tem as mais difíceis, de ser encaradas, e tanto uma, quanto outra possui sim as suas conseqüências. E estas conseqüências podem ser boas, assim como podem ser ruins, o que não pode ser feito é se martirizar, por isso.

A vida de todos os seres humanos é realmente feita de escolhas, e quando não as realizamos, de certo modo não estamos vivendo. Desde o momento em que, acordamos nós já possuímos a escolha, que é a de acordar, quando colocamos roupa para ir ao trabalho, também já optamos por uma roupa, enfim estas são escolhas mais simples, porém não deixam de serem escolhas realizadas, no nosso dia a dia, que certamente marcam a nossa existência.

Existem aquelas pessoas que possuem maiores facilidades em escolher, assim como têm aqueles, que possuem enormes dificuldades nas decisões de qualquer caminho, ou que rumo seguir. Mas de uma coisa todos podem obter a certeza, que para cada escolha decidida na vida haverá, com toda certeza uma conseqüência, ou seja, um após.

Portanto para cada escolha existe sim uma conseqüência, mas não se pode deixar de escolher na vida, e se a conseqüência for ruim, nada de lamentações siga sempre à frente buscando acertar.
Pois escolhas, decisões, caminhos estes, certamente sempre fizeram, e farão parte da vida.

Fiz porque era o certo...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013


O que você faria se encontrasse uma carteira com mil e quinhentos reais na rua, perdida?

Numa das capitais do país, um menino de doze anos não teve dúvida: devolveu!

E o pré-adolescente Lucas Eduardo virou exemplo no bairro onde mora.

O menino tímido encarou a situação com simplicidade surpreendente.

Eu fiz porque era o certo. Imaginei que a pessoa iria precisar do dinheiro para pagar as contas, ir aos médicos, contou Lucas, em entrevista a um jornal daquela cidade.

Lucas tinha razão.

Evanir havia saído na manhã de segunda-feira com o objetivo de pagar as contas do mês.

Viúva há sete anos e aposentada há mais de duas décadas, ela vive sozinha, com renda bem apertada.

Para devolver o dinheiro, o menino teve ajuda da direção da escola onde estuda, a fim de localizar o número do telefone e comunicar-se com a idosa.

Assim, ela ficou sabendo que os valores que perdera haviam sido encontrados e que estavam em boas mãos.

O gesto do estudante comoveu gente de todas as idades e classes sociais na região.

Dezenas de pessoas entraram em contato com a escola, onde ele estuda, para elogiar a honestidade do menino e oferecer doações.

Lucas, de família humilde, tinha um sonho: ter um videogame.

Ao saber da história, uma doadora anônima decidiu presentear Lucas e seus irmãos com o Playstation dos seus filhos.

A história do menino não parou por aí.

Ganhou repercussão internacional: chegou, inclusive, aos Estados Unidos.

Uma brasileira, que lá reside, telefonou, comovida com o gesto, e ofereceu doações ao menino.

Um empresário emocionado foi além: conversou com Lucas sobre a importância de sua atitude e retribuiu seu gesto com um presente: deu-lhe a mesma quantia que Lucas devolveu à dona Evanir: mil e quinhentos reais.

A idosa, que recebeu a devolução, afirmou:

Tão pequeno e com toda essa honestidade. É muito bonito. Às vezes, pessoas da nossa própria família não devolvem o dinheiro.

* * *

Até quando a honestidade será exceção em nosso mundo?

Até quando precisaremos comemorar gestos como esse, que já deveriam ser normais, naturais, como foram para o menino Lucas?

A honestidade estava dentro dele. Talvez nem tenha necessitado ser aprendida em casa. Estava no Espírito. Fiz porque era o certo.

Quando temos esse contato íntimo com nossa consciência, passamos a ter menos dúvidas entre o certo e o errado. Ambos ficam muito claros em todas as situações.

Não se precisa pensar muito se vai se jogar lixo no chão, se vai devolver o troco certo, se vai contar a verdade – tudo isso passa a ser natural.

O bem precisa se tornar hábito e ir substituindo o mal aos poucos. É assim que nos transformamos e transformamos a sociedade.

Se queremos que o tal jeitinho desapareça, precisamos, de uma vez por todas, incorporar este espírito de fiz porque era o certo, independente se o certo é o melhor para nós ou não. É o certo e pronto.

Consultemos a consciência. As respostas estão sempre lá, onde estão inscritas todas as leis de Deus.

Pensemos nisso. Façamos o certo.

profpatriciadonzele.blogspot.com/Imagem