Lápis, vida, verso e prosa....

sexta-feira, 31 de outubro de 2014


O menino acordou cedo. Estava feliz. Eram suas férias escolares e, por isso, ele estava passando uma temporada com sua avó.

Ouviu um ruído que vinha da sala. Em disparada, dirigiu-se para lá, confiante de que encontraria a avó.

Ela estava sentada à mesa. Uma música leve e reconfortante ao fundo, uma xícara de café esfumaçante à sua frente e, em suas mãos, lápis e papel. Atenta, escrevia.

Vovó, você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? É uma história sobre mim?Questionou o curioso menino.

Estou escrevendo sobre você, é verdade. Respondeu, sorrindo, a avó. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou utilizando.

O lápis, vovó? Mas por quê?

Porque eu gostaria que você fosse como ele quando crescesse.

O menino olhou demoradamente para o lápis, como que buscando uma característica especial que o diferenciasse dos outros tantos que ele já havia visto.

Mas ele é igual a todos os lápis que já vi em minha vida!

Tudo depende do modo como você olha para as coisas, respondeu a avó, tomando-o ao colo. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir perceber, imitar e manter ao longo de sua vida, será sempre uma pessoa feliz e em paz.

Quais são essas qualidades, vovó?

Assim como o lápis, você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer jamais que há sempre uma mão a lhe guiar os passos. Essa mão é Deus. É Ele quem nos conduz e guia, do esboço à arte final.

De vez em quando, o lápis precisa ser apontado. Isso faz com que ele sofra um pouco mas, ao final, está muito melhor do que antes. Assim, nós também precisamos saber suportar a dor, pois é ela quem nos molda e nos torna mais sábios.

O lápis permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que escrevemos errado. De igual forma devemos agir, humildemente, permitindo que nossos erros sejam corrigidos, a fim de nos mantermos retos no caminho da justiça.

A sábia senhora fez uma ligeira pausa para tomar um gole de café, quando o neto indagou: E quais são as duas últimas qualidades, vovó?

Deslizando seus dedos pelos cabelos do neto, a avó prosseguiu: O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas sim o grafite, que deve ser preciso. Isso nos diz que devemos valorizar nossa essência.

Finalmente, meu filho, o lápis sempre deixa uma marca. Da mesma forma, tudo o que fazemos na vida deixa traços. Portanto, devemos tomar consciência de cada escolha que fazemos em nossa jornada, pois, sem dúvidas, ela trará consequências e deixará marcas.

E, entregando o lápis nas mãos do neto, a avó concluiu: Seja como um lápis, meu filho, e você escreverá uma história de vida próspera e feliz.

* * *

Guiados pelas mãos Divinas, estamos constantemente a escrever nas páginas do livro da vida: família, fé, trabalho, caridade, humildade, paciência, resignação, amor... São palavras que não podem faltar em nossos versos e prosas.

A cada nova frase, mais nos autoconhecemos. Nas palavras do poeta Fernando Pessoa: Quando escrevo, visito-me solenemente.

Pensemos nisso! 

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto

Finalidade do Existir

segunda-feira, 27 de outubro de 2014


Você já se perguntou qual o significado de tudo o que vem vivendo?

Já parou, em algum momento, se questionando a respeito do porquê de toda a correria, dos desafios, das dificuldades e compromissos que a vida impõe?

Muitos de nós estabelecemos metas a serem alcançadas nesta existência.

Para alguns, é o diploma universitário. Após significativo esforço, vem essa conquista. Então, sucedem-se novos desafios, cursos, pós-graduação, mestrado, doutorado, diversos aprendizados.

Para outros, a meta é angariar bens terrenos: o carro do ano, último modelo, um terreno, a moradia, casa para veraneio, apartamento à beira-mar.

Das conquistas de pequena monta, natural que se sucedam outras de valores mais significativos e desafiadores.

Para pais e mães, a criação e educação dos filhos é meta permanente, que se sucede nos anos, até que eles ganhem autonomia e estabeleçam seu próprio caminhar.

Essas metas e conquistas para a vida são importantes, significativas e mesmo imprescindíveis.

Porém, será esse, efetivamente, o verdadeiro significado da vida?

Alcançadas as metas intelectuais, obtidos os bens materiais, cumpridas as obrigações com a criação dos filhos, qual o objetivo da existência?

Em reflexão mais profunda, vamos perceber que todas essas metas que nos propomos, ou que nos sejam impostas pelas circunstâncias, não constituem o grande objetivo da vida.

São apenas os meios de que ela se utiliza para seu grande intento.

Porém, se não nos damos conta disso, teremos a falsa impressão de que a vida perde seu sentido e lógica.

Sem reflexões profundas a respeito do sentido da existência, somos envolvidos pelas obrigações, pelos compromissos, sem percebermos que são apenas instrumentos de crescimento.

O objetivo maior da vida não é conquistar diploma, adquirir bens, criar filhos, pagar impostos, cumprir as obrigações sociais.

Viver é muito mais do que os fenômenos fisiológicos que percebemos. Viver é o grande laboratório para nossa alma.

Restringir a vida a um punhado de anos entre o berço e o túmulo, é limitar a grandiosidade de almas imortais que somos a uma mortalidade que não nos pertence.

Assim, é necessário que reflitamos sobre a grandeza de nossa essência espiritual, com a convicção de que somos Espíritos imortais.

Ao compreendermos a essência espiritual que somos, saberemos adotar as medidas adequadas para resolver nossas dificuldades diante da vida.

O que era fim por si só, passa a ser o meio para alcançar o verdadeiro fim.

E passamos a compreender que a grande finalidade da vida é a construção da felicidade, através de nosso progresso e da melhora íntima.

Jesus, Mestre Incomparável nos propõe: Buscai primeiro o reino dos céus e sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado.

E narra a parábola do homem rico que se dispõe ao gozo pleno, chamando-o louco, pois naquela mesma noite a morte lhe viria arrebatar a alma.

Que seria pois de suas riquezas?

A indagação nos cabe e nos serve. Pensemos nisso.

Fontes:
http://www.momento.com.br/Testo

Nossos Limites

segunda-feira, 20 de outubro de 2014


Quantas vezes nos pegamos a reclamar de alguém que nos tira do sério?

Quantos são os momentos em que nos queixamos de alguém que nos faz perder a paciência?

E não são tantos os momentos em que dizemos que certa pessoa tem a capacidade de nos fazer perder o sossego?

Debitamos incontáveis vezes a culpa no próximo de algo que acontece conosco.

Insistimos em responsabilizar o outro pelos nossos desalinhos.

Assim, nos eximimos de culpa, desde que, em nosso raciocínio, se a pessoa não tivesse assim agido, nós não nos perderíamos, manteríamos a compostura adequada.

Porém, nos esquecemos, nesses momentos, de que nossas ações e nossas emoções são essencialmente nossas.

Sendo assim, não deveríamos pensar em nós como simples vítimas da ação incomodativa de terceiros.

Vivendo em sociedade, nos relacionando com inúmeras pessoas, estamos sujeitos ao natural embate nas relações.

Algumas são mais educadas, gentis. Outras um tanto grosseiras, rudes ou irônicas. Afinal, cada um oferece aquilo que pode e que possui no seu mundo íntimo.

Se o comportamento do outro é escolha e responsabilidade dele, a mesma regra deve ser aplicada a nós.

Quem decide como agir ou reagir ao contato com nosso próximo, somos nós mesmos.

Portanto, se a impaciência com alguém nos domina é porque não dispomos de paciência suficiente para lidar com a situação.

Logo, não cabe utilizarmos a desculpa de que o culpado do nosso comportamento é o outro.

A dificuldade é apenas nossa. Somos os que ainda não cultivamos a virtude da paciência em nós.

O problema não é a pessoa, nem sua maneira de agir. Somos nós os que ainda não dispomos de equilíbrio suficiente para enfrentar determinadas situações ou eventual provocação.

De igual forma, se nos perturbamos com a atitude de alguém, ao ponto de nos tirar o sossego, o problema reside em nossa intimidade.

Está em nossa falta de tranquilidade para nos depararmos com certas situações.

Importante nos recordarmos de que, se colocamos a culpa no agente externo, nos eximimos de buscar solução.

Se nos iludimos pensando que o problema está no próximo e não em nós, nos colocamos no confortável papel de vítima, deixando de buscar a melhoria pessoal.

Portanto, não nos cabe dizer que perdemos a calma, o sossego ou a paciência devido a comportamento de quem quer que seja.

Melhor será refletirmos para entender que precisamos modificar nosso jeito de ser, nossa maneira de agir.

Conscientes dessa necessidade, o passo seguinte será o de trabalhar essas virtudes em nós.

Investir no cultivo da paciência.

Esforçarmo-nos para que a calma ganhe maior lastro em nosso mundo íntimo.

Exercitar a tranquilidade para que ela seja mais duradoura em nós.

E, por fim, quando essas virtudes se tornarem realidade em nossa intimidade, viveremos mais felizes, no mundo, compreendendo as fraquezas alheias, desculpando comportamentos grosseiros, relevando calúnias e agressões de qualquer ordem.

Pensemos nisso.

Fontes:
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A Paz Interior

quinta-feira, 16 de outubro de 2014


Conta a lenda que um velho sábio, tido como um mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência.

O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo.

Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu no sábio e gritou-lhe todos os tipos de insultos.

Durante horas, fez de tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

No final da tarde, já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.
Impressionados, os alunos quiseram saber como o mestre pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou:

- Se alguém vem até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.

- Exatamente. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando eles não são aceitos, continuam pertencendo a quem os trazia consigo.

Sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...

ícone O inestimável valor da família....

quinta-feira, 9 de outubro de 2014


A cantora Celine Dion, décima quarta filha de uma família canadense, após o grande sucesso com a canção tema do filme Titanic, tomou algumas decisões.

A mais importante: ser mãe. Casada, desde 1994, com seu empresário, decidiu que era hora de ficar mais perto de casa. Há três anos seu marido recebera diagnóstico de câncer. Ela optou igualmente, por se dedicar a ele.

Foram dois anos de folga dos palcos, dos shows, da vida artística. Tornou-se mãe e, para não ficar distante do filho, optou por negociar um contrato que a mantivesse perto do lar.

Mudou-se para Las Vegas, saindo somente para os shows noturnos.

Disse ela: Meu filho é a prioridade. Todos os anos são importantes, mas os primeiros na vida da criança são fundamentais.

Não me importa que ele seja lixeiro, bombeiro, guitarrista, advogado, dentista, pai. Só quero que seja uma boa pessoa. Que seja generoso, responsável e tenha a mente aberta.

Às vezes, a pessoa não é ninguém na vida. Não tem dinheiro, nem sucesso, nem beleza, mas tem boas intenções e um bom coração. Deveríamos prestar mais atenção a pessoas assim.

De onde é que lhe vêm esses valores? Celine diz que tem certeza de que isso se deve à sua criação numa família sem dinheiro. Embora seus pais só tivessem o bastante para colocar comida na mesa, a porta estava sempre aberta para quem batesse.

Os quatorze filhos foram educados na base do amor. Eles me deram segurança, diz a cantora. O que quer que aconteça, quando temos essa base de amor, essa certeza de poder contar com pais e irmãos,sabemos que sempre existe alguém para nos apoiar. Com uma família grande, sei que vou ter muita gente por perto. Minha maior riqueza é a família, as pessoas que me cercam, o amor e o apoio que me dão.

A voz, continua ela, é só algo mais. Se ela não tivesse voz para cantar e fazer sucesso, seria feliz sendo mãe ou trabalhando numa loja. Sua verdadeira felicidade, confessa, são suas raízes e seus valores.

E, conclui, falando a respeito da família: Se Deus quiser, ficaremos juntos o maior tempo possível. Somos afortunados por viver cada dia. Devemos agradecer e dar valor ao que temos. Quando a morte nos vier separar, acharemos força para enfrentá-la. Assim é a vida. Ela não nos foi dada, mas emprestada.

* * *

Os mensageiros espirituais nos ensinam que os Espíritos dos pais exercem grande influência sobre os Espíritos dos seus filhos.

Eles têm por missão desenvolver esses Espíritos pela educação, pois que têm que contribuir para o progresso deles.

Também nos ensinam que os anos primeiros da infância são de grande importância pois se constituem na base para a nova vida que iniciam.

Por isso, a família é tão importante. Nada substituirá, no mundo, o carinho, os cuidados e os valores que os pais transmitem aos seus filhos.

Valores que transcendem o tempo, o espaço, a vida terrena, pois transmigram de uma para outra etapa reencarnatória, como herança pessoal inalienável.

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto


O verdadeiro Poder

segunda-feira, 6 de outubro de 2014


Era uma vez um jovem guerreiro famoso por sua invencibilidade.

Era um homem cruel e, por isso, temido por todos.

Quando se aproximava de uma aldeia, os moradores abandonavam suas casas, e fugiam para as montanhas, porque sabiam que ele não poupava nada, nem ninguém.

Certo dia, ele e seu exército aproximaram-se de uma aldeia na qual vivia um sábio ancião.

Todos os habitantes fugiram assustados, menos ele.

O guerreiro entrou na vila e, como de costume, incendiou casas e matou os animais que encontrou.

Logo chegou à casa do sábio, que permanecia em pé ao lado da porta de entrada, serenamente.

Quando eles se encontraram, o guerreiro impiedoso disse-lhe que seus dias haviam chegado ao fim, mas que, no entanto, iria lhe conceder um último desejo antes de passá-lo pelo fio de sua espada.

O velhinho, sem alterar o seu semblante, disse-lhe que precisava que o guerreiro fosse até o bosque e que ali cortasse um galho de árvore.

O jovem achou aquilo uma grande besteira, mas decidiu atendê-lo, entre gargalhadas e deboches.

Foi até o bosque e com um único golpe de espada cortou um galho de árvore.

“Muito bem.” – disse o ancião, quando o guerreiro voltou – “quero saber agora se o senhor é capaz de recolocar este galho na árvore da qual o arrancou.”

O jovem guerreiro entre gargalhadas, chamou-o de louco, respondendo-lhe que todos sabiam que era impossível colocar o galho cortado na árvore outra vez.

O ancião sorriu e lhe disse: “louco é o senhor, que pensa ter poder só porque destrói as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente. Quem só sabe destruir e matar não tem poder. Poder tem aquele que sabe juntar, que sabe unir o que foi separado, que faz reviver o que parece morto. Poder tem aquele que produz, que cria, que mantém. Essa pessoa, sim, tem o verdadeiro poder.”


Muitos são os que acreditam deter o poder porque atemorizam os demais, ou porque conseguem destruir o que encontram pela frente.

Acreditam-se poderosos porque são capazes de derrubar pessoas, destruir grandes obras e silenciar vozes.

Mas isso é um grande engano.

O verdadeiro poder não reside em arrasar existências e fazer cair por terra o trabalho dos outros.

Não se prova ter poder por meio da força bruta ou através de gritos e ameaças.

Isso demonstra, tão somente, grave desequilíbrio.

Desfazer o que outros produziram ou tentar abalar edificações morais, tão duramente estabelecidas, em nada auxiliarão o nosso próprio desenvolvimento.

Tantos são os que agem assim, crendo-se poderosos, iludindo-se e distribuindo dores ao longo de suas pegadas.

Por outro lado, tão poucos ainda são capazes de edificar, de construir, ou, ainda, de reerguer o que foi destruído.

Tão poucos se dispõem a persistir, a resistir diante dos vendavais das dificuldades. Estes, sim, possuem um poder realmente significativo.

Pense nisso!

Há muito a ser reconstruído.

Há muito mais, ainda, a ser feito.

Tantos caminhos aguardam para serem trilhados.

Há tantas tarefas a serem concluídas.

Há pontes de compreensão a serem construídas para superar os despenhadeiros da intolerância.

Há abrigos de solidariedade e de consolo a serem edificados para refugiar aqueles que sofrem.

O poder verdadeiro é o daquele que cria, que mantém, que reconstrói, não apenas um dia, mas todo momento, por toda uma vida.

Pense nisso!

Fontes:
http://www.momento.com.br/Texto
gq.globo.com/Imagem