A ação de Deus

sexta-feira, 30 de maio de 2014


Linda era uma modelo famosa. Requisitada e disputada, conseguia contratos milionários. Apesar do dinheiro, da fama e da beleza, ela não era feliz.

Sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não.

Ela decidiu procurar outras terapias. Assinou contratos que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentada.

Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda estava desviando todo o trânsito para uma ruazinha estreita, porque um encanamento havia se rompido na avenida principal.

Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ela passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: Sem Deus não há paz. Conheça Deus, conheça a paz. Todos são bem-vindos.

Ela achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma ruazinha.

De novo! - Pensou Linda. E passou outra vez pela igreja. Lá estava o cartaz, que agora lhe pareceu atraente.

De dentro do carro, espiou o interior da igreja.

No terceiro dia, ela pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito boba. Afinal, qual era a probabilidade de, em três dias seguidos, acontecer o desvio do trânsito, no mesmo local?

Vai ser um teste, pensou. Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal.

Quando ela chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. Um grande acidente, explicou um deles, desviando o trânsito, para a já conhecida ruazinha.

É demais! - Falou Linda, consigo mesma. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, havia apenas um padre. Ele ergueu os olhos, olhou para ela com um sorriso e perguntou:

Por que demorou tanto? - Ele havia visto o carro de Linda passar ali nos três dias. Eles conversaram muito e, como resultado, Linda passou a frequentar a pequena igreja.

Encontrou a paz e a serenidade que buscava. Exatamente como dizia o cartaz. Ela precisava de Deus na sua vida. E, sem dúvida, fora Deus que providenciara para que, de alguma forma, ela entendesse que precisava voltar-se para ele, alimentar o seu Espírito com a fé, a esperança e o amor.

* * *

A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas. Ocorre que, por vezes, não estamos com olhos e ouvidos atentos para perceber e entender.

Filhos bem-amados do Criador, não podemos esquecer de buscar o amparo desse Pai amoroso e bom, para que nEle encontremos o nosso refúgio seguro.

Muitos O procuram nas igrejas, nos templos. Outros, nos livros. Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus.

Em verdade, muitos são os caminhos, mas o encontro verdadeiro se dá portas adentro do nosso coração.

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O primeiro Olhar

quinta-feira, 29 de maio de 2014


O primeiro olhar é aquele momento em que a vida passa da sonolência para a alvorada.

É a primeira chama que ilumina o íntimo mais profundo do coração. É a primeira nota mágica arrancada das cordas de prata de um sentimento que poderá nascer.

É aquele momento instantâneo em que se abrem diante da alma as crônicas do tempo, e se revelam aos olhos as proezas da noite, e as vozes da consciência.

Ele é que abre os segredos da eternidade para o futuro.

É a semente lançada, e espargida pelos olhos do ser amado na paisagem do amor, depois regada e cuidada pela afeição, e finalmente colhida pela alma.

Nada mais cheio de esperança do que o primeiro olhar.

Nenhuma expectativa vã, pois não se teve tempo de esperar ainda. Nenhum sentir fugaz, pois não chegou o tempo do sentir.

Nada interfere no primeiro olhar, durante os infinitos segundos que sobrevive.

Não há tempo. Não há espaço. Apenas olhares que se interpenetram pela primeira vez.

O que buscam ao se deixarem perder? O que dizem? Quando dizem? Respostas que não virão.

Mesmo que após esse, se sigam muitos outros, que os olhos decidam por enamorar-se, e que se visitem diariamente em cada aurora, a lembrança do primeiro fica na retina da alma, na História do Espírito.

E quantos primeiros olhares, neste exato instante do tempo?

Quantas vidas alvorecem com eles enquanto observamos os carros passando apressados. Enquanto miramos janelas, pessoas. Enquanto consideramos – apenas, então, somente.

Quantas novas chances para a vida são dadas com esses arroubos singelos e transparentes...

Quantas novas forças, novas oportunidades, visões novas sobre um mundo velho...

Quantos reencontros velados pelo esquecimento da memória, se entregam pela lembrança do coração...

O que seria do amor sem o primeiro olhar.

* * *

Celebremos o amor que nasce, o amor que promete, o amor potencial.

Celebremos o germe, da mesma forma, que festejamos o fruto doce.

Exaltemos a vontade de ser borboleta, encontrada na lagarta que nasce.

Festejemos cada novo amor, da mesma maneira que exultamos ao receber no mundo uma criança.

Não nos deixemos levar pelo pessimismo destruidor de corações partidos, que ainda não permitiram que o tempo cicatrizasse suas chagas.

Não desistamos tão facilmente das potencialidades humanas, debaixo de expressões autofágicas como não tem jeito. Está cada dia pior. É o fim de tudo.

Acreditar no amor que está por vir é crer na sobrevivência da vida, e lutar por ela.

* * *

O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado.

O amor está por toda parte em a natureza, que nos convida ao exercício da nossa inteligência.

Até no movimento dos astros o encontramos.

É o amor que orna a natureza de seus ricos tapetes.

Ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes.

É ainda o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor.

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O melhor dos Lugares

quinta-feira, 22 de maio de 2014


Conta a tradição persa que uma caravana viajava há dias pelo deserto. Já não havia uma gota d’água para aplacar a sede.

De repente, os caravaneiros encontraram um poço. Fizeram descer por ele uma vasilha, mas a corda arrebentou.

Com a segunda e a terceira, aconteceu o mesmo. Decidiram, então, que um dos viajantes desceria amarrado a uma corda.

Ele também não voltou. Desceu o segundo e esse também não voltou.

Foi quando um sábio, que viajava com eles, se ofereceu para descer. Assim foi feito.

Ao chegar ao fundo do poço, ele encontrou um monstro horripilante que se achava o guardião do poço.

Ele disse ao sábio:

Agora você também é meu prisioneiro e só terá sua vida poupada se der a resposta certa à minha pergunta.

Pois pergunte, disse o sábio. E o monstro questionou:

De todos os lugares do mundo, qual é o melhor?

Diante da pergunta, o sábio pensou que estava cativo e impotente nas mãos do monstro. Se dissesse que o melhor lugar seria a sua própria terra, estaria desprezando a morada do monstro.

Por fim, respondeu:

O melhor lugar do mundo é aquele onde se tem amigo íntimo, ainda que esse lugar seja o fundo da Terra.

Bravo! - Exclamou o monstro. Você é um verdadeiro homem e sua sabedoria salvou a sua vida e a de seus amigos.


O melhor dos lugares é onde se tem um amigo. Amigo sincero, devotado.

Aquele que, no dizer do Mestre de Nazaré, dá a sua vida pela do seu amigo.

Amigo é alguém que nos fala, olhando nos olhos e diz o que precisamos ouvir.

Contudo, embora diga verdades e nos aponte erros, não nos destrói com sua fala ou com sua argumentação.

Dosa as palavras, utilizando-as na medida certa e como se ofertasse uma pedra preciosa, coloca-a em um estojo aveludado, a fim de que não nos fira a sensibilidade.

Quando nos aponta defeitos, não tem como intuito nos destruir, senão auxiliar o amadurecimento de nós mesmos.

Por isso, não nos repreende publicamente, nem expõe nossas mazelas, que conhece intimamente.

Amigo é aquele que está conosco, não para matar o tempo, mas sim para viver em abundância horas de felicidade.

É alguém que assiste um filme, lê um livro e enriquecendo-se com eles, os recomenda, sem, contudo, nos retirar o prazer de os conhecer por nós mesmos.

Amigo é alguém que, quando distante, parece continuar presente.

Sua voz, sua ternura, seus atos são acionados pela nossa memória, a cada vez que a saudade deseja fazer morada n´alma.

Para essa criatura, devemos dar o melhor de nós próprios.

Ele deve receber nossa atenção, nossa afeição, nossa lealdade.

Se ventos borrascosos tentarem empanar o brilho do sentimento que nos une, não esqueçamos dos dias felizes, das horas amargas juntos vividas.

Recordemos de quantas vezes a amizade dele nos socorreu, nos preencheu o vazio.

Lembremos de quantas vezes compartilhamos desejos, ideais, esperanças, sem palavras.

Lembremos... Lembremos...

Cultiva a amizade, preserva os amigos nos dias felizes.

Quando chegarem as horas de solidão e sentires ausência de afagos, sempre encontrarás nas amizades sólidas o preenchimento das tuas necessidades.

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Dilatando o Coração

quarta-feira, 21 de maio de 2014


Você já reparou como, não raro, nos referimos a alguém como uma pessoa de grande coração? Como é frequente dizermos que alguém tem um coração imenso?

É claro que a expressão não é literal e, muito menos, estamos querendo nos referir à sua anatomia.

Quando assim nos expressamos, estamos, na verdade, manifestando nossa admiração quanto à capacidade de amar, de querer bem, de ser solidário, fraterno e amigo.

Afinal, dizemos que tal ou qual pessoa tem um coração grande porque ela é capaz de abrigar muitos sentimentos nobres, com eles beneficiando os seus semelhantes.

Seria interessante nos questionarmos: será possível dilatar o próprio coração? Será que conseguimos ter um coração maior do que aquele que hoje temos?

Todas as virtudes e competências foram construídas em nossa intimidade, por esforço próprio, por investimento pessoal.

Todos nós possuímos inteligência, a capacidade intelectual coerente com os esforços que empregamos para que ela se desenvolvesse.

Da mesma forma, as conquistas dos bons sentimentos, dos nossos valores e virtudes são frutos do empenho e dedicação, investimento e persistência.

Nenhum dom ou privilégio divino. De maneira nenhuma alguém agraciado em detrimento de outro.

Somos exatamente o resultado daquilo que investimos e desenvolvemos ao longo de toda nossa trajetória que, é claro, iniciou-se muito antes desta vida.

Dessa forma, fica fácil compreender porque algumas pessoas têm grande o coração.

Passamos a entender porque elas conseguem manter, na tutela de seu coração, tantos sentimentos altruístas, tanta devoção a pessoas e agasalhar tantas virtudes.

Não foram agraciadas, de forma gratuita. Não mereceram nenhum privilégio, graça ou dom divino.

Tudo o que já conseguiram entesourar na intimidade é fruto de seu trabalho e investimento pessoal.

* * *

Assim ocorre com todos nós. Na medida em que nos esforçamos por melhorar, novos valores começam a ocupar espaço em nós.

E, na proporção em que buscamos desenvolver virtudes, aprender conceitos e valores nobres, eles passam a ter guarida em nosso coração.

Então, como é natural, essas virtudes dilatam nosso coração, a fim de que consigam todas elas ali ganharem morada.

Portanto, para termos grande o coração, cabe-nos o esforço individual, o empenho e o trabalho no bem.

Não há dia em que a vida não oportunize esses exercícios.

Os laços familiares mostram-se excelentes oportunidades.

Os amigos, as relações profissionais, nossos contatos sociais, também funcionam como oficinas do coração.

Quando alguns relacionamentos se mostrem difíceis, complicados, são também o convite generoso da vida a fim de que possamos ser daqueles que possuem um grande coração.

Quando Jesus nos convida a caminhar dois mil passos com alguém que nos pede para andar mil, ou quando nos aconselha a oferecer a túnica para quem nos pede a capa, está nos ensinando que todo o esforço em prol da conquista das virtudes, que beneficiem nosso próximo, será sempre o melhor investimento que possamos fazer em favor do nosso próprio crescimento interior.

Pensemos nisso.

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Um Minuto

quinta-feira, 15 de maio de 2014


Por um minuto, feche os olhos e pense no que lhe aprouver...

E se você descobrisse que o tempo que lhe resta é apenas mais um minuto? Exatos sessenta segundos: nem mais, nem menos.

Certo seria que, ao tomar conhecimento de tal fato, as coisas mudassem de dimensão.

O dinheiro, antes indispensável, nesse instante se tornaria insignificante. E nem toda a riqueza do mundo seria capaz de modificar esse quadro.

As velhas mágoas acumuladas, as frustrações, as decepções tantas, as reclamações diárias, diante dessa situação tão peculiar, se tornariam vazias, quase sem sentido.

As brigas de família, a teimosia do marido, a impaciência da esposa, a desobediência dos filhos, nesse minuto final, ao invés de causarem irritação, trariam um sentimento de nostalgia e saudade.

Por outro lado, as coisas simples, os pequenos gestos que demonstram afetividade, carinho, gentileza, seriam infinitamente engrandecidos, nesse derradeiro minuto.

Um beijo, um abraço apertado, uma declaração de amor, uma troca de olhares, um pedido de desculpas se tornariam aquilo que de mais precioso existe no mundo.

Um toque, um sorriso, mãos que se encontram, um sincero eu te amo: os tesouros escondidos por trás da simplicidade.

* * *

Você já havia parado para pensar no quanto pode ser feito em um minuto? Ou melhor, você já parou um minuto para pensar?

Sem dúvidas, não se pode fazer tudo o que se deseja em sessenta segundos. Mas um minuto é tempo suficiente para se mudar tudo para sempre.

Um minuto é o tempo necessário para se optar entre a ofensa e o perdão, entre o ódio e o amor, entre a violência e a paz.

é o necessário para declararmos nosso amor por alguém, para oferecermos pão a quem tem fome, consolo a quem perdeu as esperanças, para compartilharmos um sorriso.

Em apenas um minuto podemos acalentar corações, levarmos alegria, escrevermos um bilhete de ternura a alguém especial.

Um minuto é o suficiente para irradiarmos luz aos nossos familiares, aos nossos amigos, àqueles que partiram para a eternidade, àqueles que passam pelas provas da vida, através da oração.

Um minuto é tempo mais do que suficiente para se ser feliz.

* * *

Você se permitiu ser feliz neste exato minuto?

Deixe para lá os arrependimentos do passado. Foque-se no presente, pois é no presente que reajustamos as más escolhas do passado e construímos o futuro.

Acredite na força do perdão. Lembre-se de que todos somos caminheiros da estrada do progresso e que ora acertamos, ora nos equivocamos em nossas escolhas. Tenha paciência com as faltas alheias como você tem com as suas próprias falhas.

Tenha como norte a fé, a esperança e a caridade. Assim, por mais escura que se faça a noite, seus passos sempre o levarão em direção à felicidade, ao amor e à paz.

Permita-se renovar: é preciso um minuto, não mais do que um minuto.

Pense nisso. Aproveite o próximo minuto.

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Gota de orvalho no cálice de uma flor...

terça-feira, 13 de maio de 2014


Você tem orado ultimamente?

Você tem o hábito de orar ou só o faz quando a situação é bastante complicada?

Talvez, em momentos de aflição, você tenha descoberto a importância da prece, mas já conseguiu torná-la um hábito em sua vida?

Não desses hábitos que beiram o automatismo, mas desses que praticamos com a consciência de que nos fazem bem e são indispensáveis.

Vale a pena refletir sobre esse grande recurso que temos, conforme as palavras de um Espírito amigo:

A prece é uma aspiração sublime, à qual Deus concedeu um poder tão mágico, que os Espíritos apedem constantemente.

Orvalho suave, é como um refrigério para o pobre exilado na Terra, e uma disposição fecunda para a alma em prova.

A prece age diretamente sobre o Espírito para o qual é dirigida.

Ela não transforma seus espinhos em rosas, mas modifica sua vida de sofrimentos (nada podendo sobre a vontade imutável de Deus), imprimindo-lhe esse impulso de vontade que levanta a sua coragem, dando-lhe força para lutar contra as provas e dominá-las.

Por esse meio é abreviado o caminho que conduz a Deus e, como efeito maravilhoso, nada pode ser comparado à prece.

Aquele que blasfema contra a prece não passa de Espírito inferior, de tal modo terreno e atrasado que nem mesmo compreende que deve apegar-se a essa tábua de salvação.

Ore, pois a prece é uma palavra descida do céu; é a gota de orvalho no cálice de uma flor; é o sustentáculo do caniço durante a borrasca; é a tábua do pobre náufrago na tempestade; é o abrigo do mendigo e do órfão; é o berço para a criança dormir.

A prece nos liga a Deus pela linguagem, chamando sua atenção para nós.

Orar por nós é amá-lO. Suplicar-Lhe por um irmão é um ato de amor dos mais meritórios.

A prece que vem do coração é a chave dos tesouros das bênçãos. É o administrador que oferece benefícios em nome da misericórdia infinita.

A alma que se eleva para Deus por um desses impulsos sublimes da prece, desprendida de seu envoltório grosseiro, apresenta-se cheia de confiança perante Ele, certa de obter o que pede com humildade.

* * *

Reflita em sua natureza. Conte as suas decepções e seus riscos. Sonde o abismo profundo para onde podem arrastá-lo as paixões.

Olhe os que caem em torno de você e sentirá a necessidade imperiosa de recorrer à prece. É âncora de salvação que impedirá o esfacelamento do seu navio, tão sacudido pelas tormentas do mundo.

* * *

A alma necessita da prece, assim como o corpo necessita de pão.

A oração é o alimento da alma, é o que lhe dá o sustento para o enfrentamento dos desafios inevitáveis dos dias.

A oração é exercício de altruísmo, quando em seus versos estão as súplicas pelas dores alheias.

Tornemos a prece um hábito de higiene espiritual.

Criemos esse momento de diálogo íntimo com nosso Criador.

Nossos dias serão muito mais agradáveis, nossa vida terá mais harmonia, quando mergulharmos realmente nas benesses da oração.

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Suave Despedida

segunda-feira, 5 de maio de 2014


Sally pulou da cadeira quando viu o cirurgião chegar.

Como está meu filho?

O olhar desolado do cirurgião falou mais alto do que as próprias palavras que pronunciou: Sinto muito, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.

Como um desabafo, Sally chorou e ergueu sua voz aos céus: Deus, você não se importa com as crianças? Por que meu filho teve câncer? Onde você estava, quando meu filho precisou de você?

Uma das enfermeiras a acompanhou até onde estava o filho, a fim de que se despedisse. Ela não retiraria o corpo do hospital, porque Jimmy decidira doá-lo para a Universidade, a fim de ser estudado.

Ele insistira: Eu não o usarei depois de morrer e talvez ajude uma criança a desfrutar de um dia mais ao lado de sua mãe.

Ela passou a mão pelos cabelos do filho e a enfermeira cortou uma pequena mecha, colocou numa bolsinha e lhe entregou.

Com o coração aos pedaços, Sally saiu do hospital infantil, depois de ter permanecido ali, com o seu tesouro, nos últimos seis meses.

Foi difícil dirigir de volta para casa. Mais difícil ainda entrar na casa vazia.

Levou a bolsa ao quarto de Jimmy, arrumou os carrinhos de miniatura e todas as demais coisas dele, do jeito que ele gostava.

Sentou-se na cama e chorou, até dormir, abraçando o seu pequeno travesseiro.

Sonhou que despertou e encontrou, ao lado da cama, uma folha de papel dobrada. Abriu e leu. Era uma carta de seu filho, onde ele escrevera com uma tinta especial:

Querida mãe, sei que deve sentir muito a minha falta. Mas não pense que a esqueci, ou que deixei de amar, só porque não estou aí para dizer que a adoro.

Pensarei em você, mamãe, todos os dias. E, algum dia, voltaremos a nos ver.

Mamãe, se você quiser adotar um menino para não ficar tão sozinha, ele poderá ficar no meu quarto e brincar com todas as minhas coisas.

Se você preferir adotar uma menina, provavelmente ela não gostará das mesmas coisas que os meninos e você terá que lhe comprar bonecas e coisas de meninas.

Não fique triste quando pensar em mim. Estou num lugar grandioso. Meus avós me vieram receber quando cheguei. Mostraram-me um pouco daqui, mas, com certeza, vou levar muito tempo para ver tudo.

Eles me pediram para responder a uma pergunta sua: Onde estava Deus quando eu precisei dEle. Estava aí mesmo, onde sempre está, com todos os Seus filhos.

Ah! Quase esquecia de dizer. Não sinto mais nenhum desconforto. Estou feliz porque eu já não conseguia suportar tanta dor.

Foi por isso que Deus enviou o anjo da misericórdia para me libertar.

Assinado: Com amor, do seu Jimmy.

* * *
Quando Sally despertou, pareceu sentir, no quarto, a presença do filho amado.

A madrugada avançava...
* * *
Nunca pensemos na morte como o fim de tudo. Não pensemos que os amados que partem serão tragados pela noite da amargura.

Eles apenas seguem antes. Deixemo-nos abraçar por eles e lhes enviemos nossas vibrações de carinho, para que o grande afeto que nos une seja alimentado todos os dias, enquanto a fronteira do mais além ainda coloca linhas divisórias para o encontro final.

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