A generosidade é contagiante...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quanto mais caminho, mais percebo o quanto o mundo anda sedento. As pessoas correm, sofrem, se desesperam e continuam buscando a felicidade como se essa fosse apenas uma miragem nesse imenso deserto que a vida se transformou.
Há muita gente no mundo, milhares e milhares. Portanto, a solidão continua assolando vidas, maltratando corações que, no fim do dia e das contas acabam desacreditando nas portas que se abrem a elas. Cada qual pensa no próprio eu e todo mundo se isola. Enquanto isso, a vida continua, cresce a indiferença, cresce o desamor, multiplicam-se as depressões e incompreensões.
As pessoas sentem-se vazias e reagem como pessoas vazias. Vazias, pelo menos, de amor e caridade, mas cheias de tristezas e desilusões. Há, portanto, dentro de cada um de nós um poço de possibilidades e compartilhar de si é deixar-se um pouquinho em cada um.
Só não tem nada para oferecer quem possui um coração vazio, não as mãos. E acabar com a solidão de alguém é contribuir para o fim da própria solidão. Oferecer a esperança é dar-se a si uma nova chance, é reabrir portas, é descobrir o novo e entregar-se a ele.
Há melhor presente no mundo que o dom de si? Há coisa mais bonita que saciar o coração de alguém? Devolver a esperança, por menor que seja ela, é dar às pessoas a oportunidade de descobrir o outro lado da vida, aquele que, embora um pouco esquecido, ainda existe.
O dia tem 24 horas e parece muitas vezes que são insuficientes para fazermos tudo o que temos que fazer. Lamentamos a falta de tempo para isso ou aquilo e pensamos que um dia, quem sabe, se atingirmos a bênção da velhice tranquila, poderemos dar um pouco mais de nós aos outros. Quanto engano!
Podemos dar de nós a cada dia e a cada hora, agindo com o coração e tendo uma atitude que nos torna diferentes em qualquer lugar. Pode-se resistir ao ódio por muito tempo, mas quem resiste à ternura, ao afeto, ao amor e à boa-vontade?
Quando as pessoas agirem com menos egoísmo e ao invés de ruminarem a própria infelicidade começarem a agir para o bem do próximo, as doenças da alma começarão a encontrar a cura e o amanhecer terá para cada um de nós um outro rosto, mais sereno, mais amigo e mais esperado.

Letícia Thompson

1 comentários:

Patricia Scarpi disse...

Olá Aracy.
Esta mensagem nos faz parar para pensar o quanto nossa vida está corrida e que estamos esquecendo de cumprimentar até mesmo as pessoas que passam ao nosso lado. Um dia desses eu estava andando com meu esposo e passamos em frente a uma casa que tinha um senhor de aproximadamente 80 anos sentado numa cadeira.
Eu passei de cabeça baixa e quando me aproximei dele ele me deu um bom dia tão alegre! Fiquei sem reação, mas logo depois respondi com um bom dia para ele também´e perguntei se estava tudo bem com ele! Ele disse: estou bem minha filha...
Ví a cara de felicidade dele com uma pequena atenção que lhe dei. E eu fiquei muito feliz com aquela simples saudação!
Temos que parar com tanta correria e parar de pensarmos em nós mesmos, então teremos mais sensibilidade para acolhermos as pessoas.

Um grande abraço.

Postar um comentário

Gostou do Blog? Então deixe sua opinião, que eu vou adorar!