Dá Um Tempo

domingo, 22 de maio de 2011


Se o teu lugar agora parece-te frio e sem atrativos,
se não há ninguém agora que te inspire a falar ou a ouvir,
se o vento lá fora parece não soprar a teu favor,
se nenhuma palavra consegue agora tocar o teu coração,
se não sentes vontade de nada, se queres simplesmente fazer nada,
se as coisas da Terra parecem-te opacas e sem graça,
se as coisas do Céu agora parecem-te mentiras, histórias inventadas,
se teu corpo não quer exercícios, não quer esforços,
só quer espreguiçar-se,
se agora nada desperta a tua vontade de crescer, de ir adiante,
de abraçar aventuras, desafios, novas metas, sonhos ...
se para tuas perguntas não chegam respostas,
se olhas o relógio como a um inimigo cobrador,

DÁ UM TEMPO ...

O mar não espera pelo rio, no entanto o rio chega.

As árvores não anseiam por novas folhas,
no entanto elas brotam.

As flores não imploram por chuvas,
mas as chuvas - cedo ou tarde - caem.

Os pássaros não se preocupam com o céu,
entretanto o céu lá está.

O dia não guarda ansiedade pelo descanso
da noite e ainda assim ela chega.

A noite não se abala com a própria escuridão,
repousando na certeza de que o dia virá.

A semente precisa do escuro da terra para
abrir-se à luz na hora mais acertada.

Deus não apressa as sementes:
Ele as conhece e respeita-lhes o tempo.

Se neste momento és semente, sossega,
respeita-te ... e dá um tempo.

Silvia Shmidt

Fontes:
www.sites.google.com/Texto
luteranos.com.br/Imagem

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