GESTOS QUE SALVAM VIDAS

quinta-feira, 6 de outubro de 2011


A chuva caía fina e gélida na tarde quieta. Longe, na estrada,
um carro parou. Era pequeno e meio velho.
Um rapaz saltou, levantou o capô e se pôs a mexer em tudo que viu.
O fazendeiro, de onde estava, pensou: "coitado. Pelo jeito, não
entende de mecânica."
Vestiu sua capa de chuva e caminhou até a estrada. O jovem
estava muito nervoso, mexia no carro, voltava, tentava dar a partida,
passava as mãos pelos cabelos.
"Quer ajuda?"
O rapaz parecia preste a chorar.
"É a bobina." - diagnosticou o fazendeiro, depois de uma boa olhada.
Buscou seu cavalo, rebocou o carro até o seu celeiro e com seu
próprio carro, foi à cidade comprar uma bobina nova.
Estranhou que, ao chegar à loja, o rapaz não quisesse entrar.
Deu-lhe o dinheiro necessário e disse que tinha vergonha, por estar
molhado.
Algum tempo depois com o carro funcionando, pronto para partir,
a esposa do fazendeiro insiste para que fique para o jantar.
Não era hábito convidar estranhos para adentrar a casa.
Contudo, aquele rapaz parecia aflito, meio perdido. Poderia, talvez ser seu filho.
Ele quase não comeu. Continuava preocupado, ansioso. A chuva se fez mais forte. 
O casal preparou o quarto de hóspedes e pediu que ficasse.
Na manhã seguinte, suas roupas estavam secas e passadas. Ele se
mostrava menos inquieto. Alimentou-se bem e despediu-se.
Quando pegou a estrada, aconteceu uma coisa estranha. Ele tomou
a direção oposta da que seguia na noite anterior. Isto é, voltou para a capital.
O casal concluiu que ele se confundira na estrada.
O tempo passou. Os dias se transformaram em semanas, meses e
anos. Então, chegou uma carta endereçada ao fazendeiro: "Sr. Mcdonald,
Não imagino que o senhor se lembre do jovem a quem ajudou, anos
atrás, quando o carro dele quebrou.
Imagine que, naquela noite, eu estava fugindo. Eu tinha no carro
uma grande soma de dinheiro que roubara de meu patrão.
Sabia que tinha cometido um erro terrível, esquecendo os bons
ensinamentos de meus pais.
Mas o senhor e sua mulher foram muito bons para mim. Naquela
noite, em sua casa, comecei a ver como estava errado.
Antes de amanhecer, tomei uma decisão. No dia seguinte, voltei
ao meu emprego e confessei o que fizera.
Devolvi todo o dinheiro ao meu patrão e lhe implorei perdão.
Ele podia ter me mandado para a prisão. Mas, por ser um homem
bom, me devolveu o emprego. Nunca mais me desviei do bom caminho.
Estou casado. Tenho uma esposa adorável e duas lindas crianças.
Trabalhei bastante.
Não sou rico, mas estou numa boa situação.
Poderia lhe recompensar generosamente pelo que o senhor fez por
mim naquela noite. Mas não acredito que o senhor queira isso.
Então resolvi criar um fundo para ajudar outras pessoas que
cometeram o mesmo erro que eu. Desta forma, acredito poder pagar pelo meu erro.
Que Deus o abençoe, senhor, e a sua bondosa esposa, que me
ajudou ainda mais do que o senhor sabia."
Enquanto o casal lia, os olhos se encheram de lágrimas.
Quando acabaram, a esposa colocou a carta sobre a mesa e citou versículos do
capítulo 25 do Evangelho de Mateus: "Era peregrino, e me recolheste. Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber.
Estava nu, e me vestistes. Estava enfermo e me visitastes.
Estava no cárcere e me fostes ver.
Em verdade, todas as vezes que fizestes isto a um destes meus
irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes."

Fontes:

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