O Ateu e o Urso

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


Um ateu estava passeando em um bosque, admirando tudo o que aquele "acidente da evolução" havia criado.

"Mas que árvores majestosas! Que poderosos rios! Que belos animais! E tudo isso aconteceu por acaso, sem nenhuma interferência de ninguém! Só mesmo as pessoas fracas e ignorantes, por medo de não conseguirem explicar suas próprias vidas e o universo, tem necessidade de atribuir a uma entidade superior toda esta maravilha!"
À medida que caminhava ao longo do rio, ouviu um ruído nos arbustos atrás de si. Virou-se para olhar, e um corpulento urso, de dois metros de altura, caminhava em sua direção. Sem pensar duas vezes, disparou a correr o mais rápido que podia.
Mas à medida que ia perdendo o fôlego, o urso se aproximava. Tentou aumentar a velocidade, mas já não conseguia - terminou tropeçando, e caindo.
Rolou no chão rapidamente e tentou levantar-se, mas o urso já estava em cima dele, segurando seu corpo com as garras afiadas; era o fim de sua vida.
Foi então que, neste preciso momento, sem ter mais nada a perder, o ateu gritou para o céu:
- Meu Deus!
E um milagre imediatamente aconteceu: o tempo parou, o urso ficou sem reação, o bosque mergulhou em silêncio e até o rio parou de correr. Pouco a pouco o ambiente começou a se iluminar, e ele escutou uma voz generosa, que dizia:
- O que desejas? Negaste a minha existência durante todos estes anos, ensinaste a outros que Eu não existia, e reduziste a Criação a um "acidente cósmico". Achaste que o mundo era uma combinação de acaso e necessidade, que as teorias científicas bastavam para explicar tudo, e que a religião era apenas uma maneira de enganar o povo.
"E agora que estás em apuro, vieste recorrer a Mim? Se eu te ajudar, irás mudar de idéia?"
O ateu respondeu, olhando confuso para a luz que envolvia tudo:
- Seria hipócrita de minha parte mudar de ideia só porque estou prestes a morrer. Durante toda a minha vida, ensinei que não existias, e tenho que ser fiel às minhas convicções até o final.

E Deus perguntou:
- Então, que esperas que eu faça?
O ateu refletiu um pouco, sabendo que aquela discussão não poderia durar para sempre. Finalmente disse:
- Eu não posso mudar, mas o urso pode. Portanto, peço ao Senhor que transforme este animal selvagem, assassino, em um animal cristão!
- Assim farei.
Na mesma hora, a luz desapareceu, os pássaros na floresta voltaram a cantar, o rio tornou a correr.
O urso saiu de cima do homem, fez uma pausa, abaixou a cabeça, e disse compenetrado:
- Senhor, quero agradecer Sua generosidade, por este alimento que agora vou comer...

Autor Desconhecido

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