As Rosas

quarta-feira, 4 de julho de 2012


O encanto das rosas – cantou o poeta – está em que, sendo tão lindas, não sabem que o são. Sem dúvida alguma, possuímos qualidades em diversas ordens; negá-las seria ingratidão para com o Criador, de quem as recebemos. Mas, se somos arrogantes, se propagamos orgulhosamente nossas qualidades, se atribuímos a nós mesmos a propriedade e não o uso dessas qualidades, além de ser injustos, por atribuirmo-nos o que não é nosso, demonstraremos pouca inteligência, portanto não teríamos chegado a compreender que isso que temos não é nosso. As rosas não sabem que são formosas, lindas; porque o desconhecem, por isso não têm mérito. Nós devemos conhecer e reconhecer o que Deus depositou em nós. Tudo isso, porém, não para nos vangloriar, mas para assumir a responsabilidade de fazer frutificar essas qualidades para o nosso bem, para o dos nossos familiares e de toda a comunidade. Isso é talento.

“Se não me obedecerdes, quebrarei o orgulho de vosso poder, tornarei o vosso céu como ferro e a vossa terra como bronze” (Lev 26,19). Nada nos distancia tanto de Deus como o orgulho, o cre-nos melhores do que somos, o de não reconhecer os defeitos e misérias que temos. O orgulho é o lodo que veda nosso olhos e nos impede que vejamos as coisas de Deus.

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