Solidão

sexta-feira, 22 de junho de 2012



Você se queixa de que se sente sozinho e de que ainda não chegou a descobrir os segredos da solidão.
Não é aquela solidão dos picos nevados de nossos Andes; nem a dos pampas extensos sem fim; nem a do areal do deserto; nem a das cascatas de águas, que rompem o silêncio com o estrondo sempre tenso do arrebentar de suas águas.
Pelo contrário, a solidão é o silêncio pacífico, o entardecer sereno, o retraimento do barulho que nos cerca. E tudo isso pode servir de ocasião para que você se aproxime mais de Deus.
Porque onde há muito ruído, não é fácil reconhecer a voz de Deus, porquanto a voz de Deus é muito suave. Para poder ouví-la, é preciso fazer silêncio ao nosso redor.
A solidão pode fazer com que você ser conheça a si mesmo, a partir do momento em que você entrar em seu eu, em seu interior, em sua própria consciência e assim verá sua própria vida.
Solidão não é peso; é alívio. Não é tortura; é paz.

“Uma voz exclama: abri no deserto um caminho para o Senhor, traçai uma pista reta na estepe, para nosso Deus” (Is 40,3). “Por isso a atrairei, conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração” (Os 2,16). Muitas vezes só se pode escutar a voz de Deus no silêncio e na oração.

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